A Confederação Nacional das Associações de Família apelou ao Governo para reiniciar o diálogo com os sindicatos dos professores, lamentando que neste braço-de-ferro os prejudicados sejam os estudantes e as famílias.
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Os sindicatos dos professores marcaram greve para segunda-feira, dia em que se realizam os exames de Português e Latim do 12.º ano, em protesto contra a aplicação do regime de mobilidade especial aos docentes por temerem o despedimento e o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.
Em comunicado, a Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF) considera que "o direito à greve dos professores é legítimo", mas "lamenta veementemente que neste conflito sejam prejudicados os estudantes e as famílias".
A confederação das famílias reconhece que os sindicatos não tinham uma data alternativa, "dado o adiantado do ano letivo a terminar" e que vai ocorrer uma greve geral no próximo dia 27.
Para a CNAF, compete ao Governo "minimizar os efeitos da greve" e, por isso, deve aceitar "a disponibilidade dos sindicatos, já manifestada, para reabrir negociações", uma vez que "o Conselho Arbitral entendeu não ser legal o recurso a serviços mínimos e muito menos à requisição civil".
A Federação Nacional da Educação (FNE) e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) reúnem-se esta tarde no Ministério da Educação.