A Direção-Geral de Saúde aconselha os cidadãos que viajarem para a península arábica a terem cuidados redobrados com a higiene das mãos e evitarem o contacto com animais, para prevenir o coronavírus, um vírus potencialmente fatal.
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O coronavírus, da família dos vírus que causam a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS), causou a morte a cinco pessoas na Arábia Saudita, anunciou, esta quinta-feira de madrugada, o Ministério da Saúde local.
Confrontada com esta notícia, a diretora-geral adjunta de saúde, Graça Freitas, disse à agência Lusa que "os casos de doença têm estado circunscritos à península arábica e, embora esses doentes saiam para outros países europeus, contraem a doença na península arábica, o que indica que não há transmissão pessoa a pessoa".
O vírus já provocou a morte a 16 pessoas no mundo, nove das quais na Arábia Saudita, e foi detetado pela primeira vez em 2012.
"Haverá alguma circunstância animal ou alguma contaminação ambiental que poderá estar a provocar a doença na península arábica, nomeadamente na Arábia Saudita e nada indicia que haja transmissão pessoa a pessoa", afirmou Graça Freitas.
Além das mortes hoje comunicadas, há duas pessoas internadas nos cuidados intensivos de um hospital saudita, de acordo com a Agência France Press.
"As recomendações que fazemos, nós e a Organização Mundial de Saúde, são as recomendações habituais para as pessoas que fazem viagens para países diferentes dos da Europa: que tenham de facto cuidado, que não contactem com os animais, que tenham medidas de higiene adequadas, nomeadamente lavagem das mãos, medidas de higiene respiratória se eventualmente tiverem problemas respiratórios, que contactem de imediato um médico se voltarem com algum sintoma, referir que fizeram uma viagem e em que país estiveram", explicou.
Graça Freitas indicou que não há qualquer restrição à circulação de pessoas e bens", em função do novo vírus.
"Os casos da Europa vieram para ser tratados na Europa, não aconteceram na Europa. Foram pessoas que adoeceram na península arábica e que depois voltaram ou foram enviadas para países europeus para serem tratadas e onde estiveram internados, mas na Europa não aconteceu nenhum caso", frisou.
A doença, sublinhou, "está circunscrita" à península arábica.
As cinco mortes anunciadas esta madrugada ocorreram na província de Al Ihsa e as autoridades de saúde locais garantem que foram adotadas "todas as medidas de prevenção necessárias" para a evitar a propagação do vírus.