As provas de avaliação de 19 professores contratados foram classificadas com base nos critérios de correção errados, situação já corrigida em todas as provas em que este erro foi detetado, adiantou o Instituto de Avaliação Educativa.
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Questionado pela Lusa sobre denúncias de professores que fizeram a Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC), relativas ao uso de critérios de classificação errados na correção da sua prova, o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) confirmou a existência de 19 casos detetados, ou seja, apenas em 0,19% das provas validadas e corrigidas, uma percentagem que o instituto considera "residual" e "muito inferior a ocorrências do mesmo tipo, em outros processos de classificação".
"A verificação e correção de situações como a descrita foram já efetuadas para todas as provas. Trata-se de um processo de rotina em operações desta natureza. Assim, alguns dos casos atrás referidos foram registados e já estão corrigidos, sem qualquer intervenção do candidato", garantiu o IAVE.
O erro na correção decorre da existência, para cada uma das datas em que se realizou a PACC, de duas versões da prova, sendo que a cada uma delas correspondia uma chave de correção diferente.
"A ocorrência do erro descrito é consequência de inconsistências no processo de digitalização das folhas de resposta decorrentes do reconhecimento automático da grafia dos próprios candidatos", explicou o IAVE, acrescentando que foi a "inscrição manuscrita" dos códigos das provas "a única razão para a troca de chave na classificação dos 32 itens de escolha múltipla".
O IAVE sublinhou ainda que a correção dos erros de classificação, decorrentes desta situação, não implica que os alunos reprovados passem para um estado de aprovados: "Essa alteração depende da pontuação obtida nos diversos itens de escolha múltipla, classificados de acordo com a chave correta e ainda da pontuação obtida no item de resposta extensa orientada".
O instituto responsável pela aplicação e correção da PACC adiantou ainda que só depois de terminado o processo de reapreciação de provas, cujos prazos ainda decorrem, serão publicados os resultados das reapreciações, e se saberá se houve ou não candidatos inicialmente chumbados a passar para uma situação de aprovação.
"Os candidatos que entretanto pediram consulta de prova serão ressarcidos do valor pago, e os que não o fizeram não serão prejudicados, vendo igualmente a sua classificação corrigida", assegurou o IAVE.
O IAVE recebeu, dos professores contratados, 132 pedidos de consulta da prova de avaliação, mas só na próxima semana será possível saber quantos pediram a reapreciação, por ainda decorrerem os prazos para formalização desse pedido.
A prova, que permite o acesso à carreira docente para professores contratados com menos de cinco anos de serviço, foi feita em dois momentos, a 18 de dezembro e a 22 de julho.
O exame, este ano apenas com componente comum, visou, nomeadamente, avaliar a capacidade de raciocínio lógico e crítico, assim como a capacidade de comunicação correta em língua portuguesa.