A Direcção-Geral da Saúde considerou, esta quarta-feira, que constitui um alerta de saúde pública o Síndrome Hemolítico Urémico, a mais perigosa estirpe da bactéria E. Coli, devido ao aumento inesperado do número de casos na Alemanha.
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A DGS já encaminhou para os médicos as orientações necessárias para a detecção precoce e tratamento de eventuais casos que possam ocorrer em Portugal.
Numa orientação divulgada hoje no seu site, a DGS refere que se deve proceder ao encaminhamento para uma unidade hospitalar dos doentes que apresentem suspeitas de diagnóstico de HUS, gastrenterite com diarreia sanguinolenta de início recente e história de consumo de alimentos crus e sem outro diagnóstico etiológico e que tenham viajados recentemente para o Norte da Alemanha.
Por sua vez, a unidade hospitalar deve proceder ao alerta imediato dos casos suspeitos de infeção por Escherichia coli enterohemorrágica para a Direção-Geral da Saúde.
Segundo a DGS, a doença transmite-se principalmente através da ingestão de alimentos contaminados com fezes de ruminantes e transmissão direta pessoa a pessoa, podendo também ocorrer em comunidades fechadas.
Os sintomas da doença são enterite aguda, com febre, vómitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta, refere a DGS, adiantando que o período de incubação é de três a oito dias.
A doença é geralmente autolimitada, com uma duração de cinco a sete dias.
A Direcção-Geral da Saúde aconselha à lavagem "cuidadosa" da fruta e vegetais, não utilização dos mesmos "utensílios para diferentes alimentos", separação dos alimentos em preparação dos alimentos cozinhados, lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos e entre a preparação de alimentos diferentes" e a lavagem das mãos antes e após a ida à casa de banho".
Desde que foi detectado o primeiro caso na semana passada, pelo menos 15 pessoas morreram, na maioria mulheres de idade avançada, com E.coli Hemorrágica e outras 1.400 foram contaminadas, incluindo 570 residentes em Hamburgo.
Na Suécia foi registada terça-feira a primeira morte causada pela bactéria fora da Alemanha.
Segundo a DGS, os casos reportados por outros países, nomeadamente Suécia, Dinamarca, Holanda, França e Reino Unido verificaram-se em doentes com história de viagem à Alemanha.