A União Europeia vai aumentar para mil milhões de euros o financiamento para combater a epidemia de ébola, anunciou, esta sexta-feira, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, através das redes sociais.
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Os líderes europeus, que esta sexta-feira terminam em Bruxelas uma reunião de dois dias, deram assim o seu acordo a uma proposta do primeiro-ministro britânico, David Camenor, de quase duplicar o valor da ajuda europeia, que é atualemnte da ordem dos 600 milhões de euros.
Entretanto, a França decidiu estender os controlos sanitários "a todos os meios de transporte" no país para parar os riscos de propagação da doença.
Perto de 10 mil pessoas foram afetadas e cerca de 4900 morreram vítimas de ébola, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.
O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha.
Vários países estão a impor restrições à circulação de pessoas oriundas dos países mais atingidos pela epidemia e a introduzir postos de controlo sanitário nos aeroportos para vigiar a febre, um dos primeiros sintomas da doença.
Existe também um outro surto de Ébola na República Democrática do Congo, que já causou 43 mortos, mas as autoridades médicas referem que não está relacionado com os casos na África Ocidental.
O ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976.
Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevado, podendo o período de incubação da doença durar até três semanas.
Em Portugal, os hospitais de referência definidos para atender estes casos são o Curry Cabral e o Dona Estefânia, em Lisboa, e o São João, no Porto.