A situação que se vive nas frentes de incêndio no concelho do Funchal é de uma "falsa acalmia", disse o chefe dos bombeiros municipais funchalenses, José Minas.
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"Neste momento [23.30 horas de sexta-feira] estamos numa situação de falsa acalmia. O vento acalmou e os incêndios acalmaram ligeiramente", disse.
"No entanto, em qualquer altura, se houver mudança na direção ou intensidade do vento, podemos ter outra vez uma situação mais complicada", acrescentou.
O presidente do município, Miguel Albuquerque, estimou ao princípio da noite de sexta-feira (19.40 horas) que já tinham ardido cinquenta hectares de mato e floresta.
José Minas adiantou que se encontrava "a fazer a gestão dos meios nos diversos locais para tentar otimizar o combate ao incêndio e evitar que atinja habitações".
Os locais com as situações mais preocupantes eram os de Alegria, Galeão, São Roque e Levada dos Tornos, devido às zonas habitacionais.
A gestão de efetivos permitiu inclusive aumentar "ligeiramente" o número de pessoal no terreno, onde estavam àquela hora 50 bombeiros municipais, mais 30 militares e 20 elementos de outras corporações, como disse.
José Minas expressou ainda a sua preocupação com as os próximos "três ou quatro dias" dadas as previsões meteorológicas, que para hoje são de temperatura alta, fraca humidade e vento.
"As previsões não são as melhores para esta situação. Podemos eventualmente ter situações noutros locais, o que agravaria a que temos agora. Os próximos três a quatro dias são preocupantes", concluiu.
Na sexta-feira, os termómetros chegaram aos 35,4 graus no Funchal, o quinto valor mais elevado registado no mês de agosto desde 1949, disse à Agência Lusa o diretor do Observatório Meteorológico do Funchal.