Fenprof considera "inadmissivel" que dezenas de professores não tenham entrado na Assembleia da República
O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerou esta quinta-feira "inadmissível" que dezenas de professores não tenham conseguido entrar nas galerias da Assembleia da República quando estas estavam incompletas.
Corpo do artigo
"Vergonha, disse Mário Nogueira, quando saiu da Assembleia da República e chegou à rua junto dos restantes professores que não conseguiram entrar para assistir ao debate sobre a prova de conhecimentos.
Durante a concentração de docentes junto à Assembleia da República, os deputados Helena Pinto, do Bloco de Esquerda (BE), e Miguel Tiago, do PCP, juntaram-se aos manifestantes depois de saberem que houve dificuldades de acesso às galerias do parlamento.
A Assembleia da República foi hoje "cercada" por professores que querem ver anulada a prova de conhecimentos exigida a todos os docentes contratados que queiram dar aulas e tenham menos de cinco anos de serviço.
Os deputados parlamentares analisaram um pedido de apreciação do Decreto-Lei n.º 146/2013, que pretende enquadrar a imposição da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Competências (PACC), e duas petições pela anulação da prova, obrigatória para quem não tem vínculo à função pública.
Mário Nogueira adiantou que as galerias não foram preenchidas e que os polícias deixavam entrar "quatro pessoas de 15 em 15 minutos".
O secretário-geral da Fenprof adiantou que os professores vão continuar a lutar pela anulação da prova de conhecimentos.
Mário Nogueira considerou a prova "uma humilhação a todos os professores tendo em conta que eles são habilitados para dar aulas".
"Vamos até ao fim para anular a prova", disse, acrescentando que a Fenprof mantém a greve para dia 18, dia da realização da prova de conhecimentos.
Várias centenas de professores concentraram-se hoje frente à Assembleia da República para exigir a anulação da prova.
"Crato rua, a escola não é tua" e "mais um empurrão e o Crato vai ao chão" foram as palavras de ordem mais ouvidas entre os manifestantes.