Viveram-se momentos de pânico, ontem, na freguesia de Vale de Nogueiras, Vila Real. O incêndio que, no domingo, ameaçara várias povoações de Sabrosa, nomeadamente S. Martinho de Anta, dobrou o monte que faz de fronteira e passou para Vila Real. A população da pequena aldeia de Ludares não ganhou para o susto.
Corpo do artigo
Já passava das quatro da tarde, quando as labaredas que subiam a encosta a caminho da povoação se aproximaram perigosamente da casa de Ângelo Silva. Os bombeiros e muitos populares estavam lá para a defender. De repente, por acção do vento, gerou-se o que vulgarmente é conhecido por efeito chaminé. "As chamas começaram a formar um remoinho, cones de fogo, ouvia-se uma espécie de tiros, parecia andar lá o diabo", contou, ainda a refazer-se do susto e da confusão que o fenómeno gerou. Rodeado de outros populares, Ângelo Silva presumia que "quando um incêndio começa às duas da manhã, é posto. E que, quando é posto, é pensado. Neste caso, muito bem pensado". Daí que possa concluir que "há forças muito importantes por detrás deste incêndio".