O incêndio que lavra desde terça-feira em Mondim de Basto foi dado como dominado, às 12 horas, disse à Lusa o comandante operacional regional do Sul, destacado para aquele concelho do distrito de Vila Real.
Corpo do artigo
Segundo Elísio Oliveira, manter-se-ão no local 282 bombeiros, apoiados por 89 viaturas, para operações de rescaldo e vigilância.
Dois helicópteros reforçaram, esta sexta-feira de manhã, o combate a este incêndio, que "já deixou um rasto de destruição" na paisagem e na atividade económica, disse o presidente da câmara.
"É uma extensa área, cerca de 30 quilómetros entre Paradança e o Alto do Velão, que estão completamente dizimados pelas chamas e isso é um prejuízo enorme para o concelho, não só em termos materiais como também emocionais para as populações", afirmou Humberto Cerqueira à agência Lusa.
O autarca referiu que Mondim de Basto tem feito uma forte aposta no turismo da natureza e "agora o que se vê, é sobretudo, terra queimada".
"São já centenas de hectares de floresta ardida com prejuízo em termos monetários, que ainda não são possíveis de quantificar", salientou.
Ainda não é possível quantificar mas, de acordo com Humberto Cerqueira, são muitos devido à "descida do valor da madeira, a que acrescem prejuízos nas empresas de resinagem e na apicultura, com a destruição de muitas colmeias".
"Tenho conhecimento de uma empresa que tinha 20 trabalhadores e que, por causa deste incêndio, provavelmente vai ter que deixar de laborar aqui no concelho, porque não tem já pinhal", frisou.
A manhã trouxe alguma calma mas, segundo o autarca, durante a noite viveram-se alguns momentos complicados na freguesia de Paradança. "Estiveram algumas casas em risco, mas com os meios no terreno foi possível poupar as habitações", referiu.
Na quinta-feira à noite, uma casa ardeu e quatro pessoas ficaram desalojadas em Ponte de Olo.