O procurador-geral do Vaticano indicou que estão a ser investigados dois casos que envolvem a posse de imagens de pornografia infantil encontradas, no ano passado, na cidade Estado.
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Na sequência das várias denúncias de abusos sexuais que envolvem membros do clero, o procurador-geral da Santa Sé,Gian Piero Milano, indicou que o Vaticano está a agir contra a pedofilia no coração da Igreja Católica. No âmbito das investigações em curso há dois casos que envolvem a posse de imagens com pornografia infantil, revelou.
Segundo o jornal britânico "The Guardian", o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, identificou um dos suspeitos como sendo Josef Wesolowski. O arcebispo polaco, de 66 anos, foi destituído do cargo após denúncias sobre o abuso de rapazes quando estava a exercer na República Dominicana. Está a aguardar julgamento em prisão domiciliária, naquele que será o primeiro julgamento por abuso sexual no Vaticano.
Além dos casos de pedofilia, as autoridades do Vaticano têm em curso investigações relativas a diversos crimes, como tráfico de droga e branqueamento de capitais. As entregas de droga endereçadas ao Vaticano e intercetadas no ano passado incluem um pacote onde estavam preservativos cheios de cocaína.
Apesar das autoridades da Santa Sé estarem visivelmente mais ativas a nível criminal, apenas seis pessoas foram presas no ano passado, entre os quais o italiano Marcello di Finizio, que subiu ao topo da Basílica de S. Pedro em protesto, e Iana Azhdanova, ativista da Fémen que mostrou os seios e tirou a estátua do menino Jesus do presépio do Vaticano.