A Organização Mundial da Saúde anunciou, esta quinta-feira, que é uma nova estirpe nunca antes detetada da bactéria <em>E.coli</em> que está a provocar centenas de infecções, algumas mortais, na Europa.
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A sequência genética sugere que a estirpe é uma mutação de dois tipos de E.coli, com genes letais que podem explicar o foco de infecção na Europa, sobretudo na Alemanha, que já causou 18 mortes.
Hilde Kruse, um perito em segurança alimentar da OMS, declarou à agência de notícias Associated Press que esta é uma "estirpe única que nunca tinha sido isolada em doentes". A nova estirpe tem "várias características que a tornam mais virulenta e mais produtora de toxinas", acrescentou o especialista.
Segundo a microbiologista Laura Brum, a bactéria E.coli "é a mais comum e faz parte da nossa flora" mas, por se tratar da primeira vez que o organismo humano tem contacto com esta nova estirpe, pouco mais há a fazer, além da hidratação dos infectados, pois não há vacinas ou antibióticos eficazes.
"Daí a necessidade de se saber a origem do surto, para circunscrever a infecção", referiu, sublinhando que "só identificando a origem se poderá impedir a disseminação".
Até ao momento, as autoridades e os investigadores ainda não conseguiram determinar a origem do surto infeccioso que se tem registado sobretudo na Alemanha.
A Comissão Europeia levantou, na quarta-feira, o alerta sobre os pepinos espanhóis, após a Alemanha ter reconhecido que estes não terão sido a causa do surto. Mantêm-se análises a vários vegetais.