Madeira disponibiliza linha de crédito de 200 mil euros para empresas afetadas pelos fogos

Governo regional vai também ajudar na reparação de viaturas
Joana Sousa/Global Imagens
O vice-presidente do Governo Regional anunciou, esta terça-feira, uma linha de crédito na ordem dos 200 mil euros para apoiar as empresas que foram afetadas pelos incêndios que deflagraram na última semana na ilha.
João Cunha e Silva, que acompanhou o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, na inauguração de novos pavilhões construídos no Parque Empresarial de Câmara de Lobos, adiantou que será disponibilizado "um máximo de ajuda até 200 mil euros, sendo que desse apoio 50% será a fundo perdido, por cinco anos, com prazo de carência de um ano, à taxa zero".
O governante disse que as empresas que tiverem em dificuldades na sequência desta situação têm um "período de seis meses para candidatar-se", devendo fazê-lo junto do Instituto de Desenvolvimento Empresarial da Madeira (IDE).
O governante acrescentou que serão ainda concedidos apoios para carros danificados, na ordem dos mil euros por cada viatura e 300 euros por motociclo, desde que comprovem o respetivo abate.
"Deve-se ainda dizer que as empresas não precisam instalar-se no mesmo sítio onde estavam, podem, por exemplo, deslocar-se para outro sítio e têm o apoio na mesma", realçou Cunha e Silva.
O responsável argumentou que "isto significa que a Madeira Parques Empresariais está preparada para, eventualmente, acolher empresas que necessitem de espaço para voltar a reerguer-se".
Cunha e Silva salientou ainda que a direção regional dos Edifícios Públicos vai disponibilizar também "a título gracioso", arquitetos, engenheiros e técnicos habilitados para "assessorarem na reconstrução das habitações ou na feitura de projetos" para as pessoas cujas residências foram destruídas pelo fogo.
Por seu turno, o secretário regional dos Assuntos Sociais, Jardim Ramos, reafirmou que "em resultado dos incêndios, há uma perda de 40 casas habitadas, 15 das quais totalmente perdidas, e outras 25 precisam de algumas obras para as famílias as poderem voltar a habitar".
"Provisoriamente temos soluções de instalação dessas famílias em casas disponibilizadas pela Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM), que são 50 e apartamentos cedidos pelo Grupo Pestana (14)", referiu o governante.
Os 400 focos de incêndio que deflagraram na Madeira, em diferentes concelhos da ilha, tiveram os pontos mais críticos nos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Ribeira Brava, Calheta e Porto Moniz.
Dezenas de casas, viaturas, palheiros, explorações agrícolas ficaram total ou parcialmente destruídos, centenas de pessoas retiradas das suas habitações e uma extensa área florestal consumida pelas chamas foram algumas das consequências dos fogos.
