Cerca de 5,2 milhões de seropositivos estavam a receber tratamento contra o VIH no final do ano passado, um aumento de 1,2 milhões de pessoas relativamente a 2008, segundo a Organização Mundial de Saúde.
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"É o maior aumento de pessoas em tratamento num único ano", congratulou-se Hiroki Nakatani, vice-director geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Sida, durante a Conferência Internacional dedicada à doença que decorre em Viena, na Áustria.
Os dados deste organismo indicam que no final de 2008 se encontravam em tratamento com antiretrovirais cerca de quatro milhões de pessoas.
Os antiretrovirais são medicamentos que tornam a Sida uma patologia crónica, permitindo aos doentes sobreviver à infecção, mas não matando completamente o vírus.
As novas directivas da OMS, divulgadas hoje, segunda-feira, numa conferência em Viena, recomendam que o tratamento comece mais cedo, mesmo antes de surgirem os sintomas, e que sejam usadas moléculas menos tóxicas.
Nas suas anteriores recomendações, em 2006, a organização aconselhava a que a doença começasse a ser tratada quando detectado um determinado nível de redução nas células CD4, as células da imunidade.
Essas antigas normas indicavam que os medicamentos deviam ser administrados a partir de uma redução de 200 CD4, quando o nível normal numa pessoa não infectada é de 1000 a 1500.
"Todos os adultos e adolescentes com um nível de CD4 de 350 células devem iniciar um tratamento antiretroviral, quer haja ou não sintomas clínicos", indica a OMS.
Esta recomendação já tinha sido transmitida no final do ano passado, por ocasião das jornadas mundiais da Sida.
Durante a conferência em Viena, o antigo presidente norte-americano Bill Clinton apelou à comunidade internacional para uma utilização mais eficaz dos fundos contra a Sida, em tempos de crise económica.