O estado do mar e a forte rebentação nas rochas impediu uma primeira tentativa de mergulhadores da Guarda Civil espanhola chegarem ao interior do navio pesqueiro português Santa Ana, que, esta segunda-feira, naufragou próximo de Cabo Peñas (Astúrias).
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O naufrágio causou dois mortos, um português e um espanhol, e estão seis tripulantes desaparecidos (um português, três espanhóis e dois indonésios), tendo sido resgatado com vida o capitão do navio, de nacionalidade espanhola.
Fonte do Salvamento Marítimo espanhol disse à Lusa que elementos do Grupo Especial de Atividades Subaquáticas (GEAS) da Guarda Civil estiveram na zona, mas não conseguiram chegar ao navio.
"Estiveram a avaliar a situação e não foi possível realizar a imersão. A zona é de forte rebentação e muito perigosa", disse, ao início da tarde, confirmando que as operações de busca e salvamento continuam com meios aéreos e marítimos.
Imagens difundidas pelo Salvamento Marítimo mostram destroços da embarcação junto a rochas, sendo ainda visíveis algumas das balsas salva-vidas da embarcação Santa Ana.
"As balsas devem ter-se ativado automaticamente. Quando se recolheram confirmou-se não estar ninguém no seu interior", disse a fonte oficial espanhola.
Segundo a fonte, uma equipa de mergulhadores está a caminho da zona, a bordo do navio Salvamar Rigel, um dos que participou desde a madrugada nas operações de busca.
"Vão para a zona e vão novamente avaliar se é possível aceder ao interior do navio. A situação é muito complicada e há graves riscos", disse.
O navio, que tinha levado para a costa os corpos das duas vítimas mortais, saiu de Avilés cerca das 13.20 horas locais (12.20 horas em Portugal continental), devendo chegar à zona do acidente antes das 15 horas locais.
Armando Soares, representante em Portugal do armador do navio, Pescas Balayo, disse à Lusa que o naufrágio pode ter sido causado por um baixio.