<p>A Madeira está apreensiva com o agravamento do tempo para o fim-de-semana. As autoridades meteorológicas e de protecção civil estão atentas, mas negam a informação divulgada na Internet de que o mau tempo possa assemelhar-se a um "furacão".</p>
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A previsão de agravamento das condições climatéricas para a madrugada e todo o dia de hoje fizeram aumentar o temor aos madeirenses. O Instituto de Meteorologia (IM) avisa que o tempo vai piorar: os ventos vão tocar o máximo da escala e voltará a forte precipitação. Estão previstas rajadas de vento que poderão atingir os 130 quilómetros por hora e chuva, que poderá ser forte e com intensidade nas regiões mais altas da ilha. No mar, as previsões apontam para ondulação forte, que poderá atingir os 6,5 metros.
Ainda assim, um meteorologista do IM, José Duarte, realçou ontem, em conferência de Imprensa, que "não se prevêem valores semelhantes ao registados" no passado sábado. Tudo indica que o Continente poderá ser mais afectado do que as regiões autónomas.
A protecção civil dos concelhos de Porto Moniz e São Vicente, que poderão ser dos mais atingidos pelo agravamento do tempo na Madeira, estão de prevenção, o mesmo acontecendo em São Vicente, onde bombeiros, Protecção Civil e empresas estão preparados com maquinaria para desobstruir as vias no caso de haver forte precipitação.
Vítimas mortais sobem para 42
Ao final da tarde de ontem, a porta-voz do Governo Regional, Conceição Estudante, anunciou que o número de mortos causados pelo temporal que assolou a ilha subiu de 41 para 42. Já o número de desaparecidos diminuiu, de 17 para oito. A nova vítima mortal foi encontrada no sítio do Calhau, freguesia de São Roque, no concelho do Funchal, tendo o Ministério Público registado o aparecimento de nove pessoas nas últimas 24 horas.
Em conferência de Imprensa, Miguel Albuquerque, presidente da Câmara do Funchal, confirmou a previsão do mau tempo, mas fez questão de desmentir os "boatos que circulam na cidade quanto a eventuais evacuações". O que houve, explicou, foram "20 e tal famílias das zonas altas das freguesias do Monte e Santo António" que foram realojadas, a maioria em casas de familiares, "por mera precaução". O autarca assegurou ainda que amanhã a maioria dos arruamentos estará já circulável.
Neste momento, o valor dos prejuízos apontam para 1,4 mil milhões de euros de prejuízos em toda a ilha. E continua por restabelecer o abastecimento de água e electricidade na Ribeira Brava e na Serra de Água. Em contrapartida, na segunda-feira será reaberta a totalidade das escolas.