Um médico serra-leonês infetado pelo vírus do Ébola foi transportado, este sábado, para os Estados Unidos para ser tratado, anunciou à AFP o responsável dos serviços médicos daquele país, Brima Kargbo.
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Martin Salia, um cirurgião que trabalhava no hospital Connaught em Freetown, capital da Serra Leoa, é o primeiro cidadão serra-leonês infetado com o Ébola a ser transportado para os Estados Unidos, país onde já foram tratados nove casos, quase todos contaminados em África.
O primeiro - um liberiano oriundo de Monróvia - morreu a 8 de outubro, os outros curaram-se.
Martin Salia foi retirado por um voo especial, que "deixou o aeroporto internacional de Freetown às 2.30 horas", afirmou Brima Kargbo.
O cirurgião foi hospitalizado no centro de tratamento de Hastings, a 20 km de Freetown, o único da Serra Leoa inteiramente gerido pelo pessoal local e depois foi levado de ambulância até ao aeroporto, acrescentou.
"De acordo com os dados disponíveis até ao momento, está a ser transportado para o hospital da Universidade de Nebraska, em Omaha (centro dos Estados Unidos), onde será tratado", disse o responsável.
Martin Salia é o sexto médico serra-leonês a contrair o vírus Ébola, que matou os outros cinco, entre os quais uma mulher.
Na noite de quinta para sexta-feira, os responsáveis médicos e a comunicação social tinham avançado que um médico infetado pelo vírus do Ébola na Serra Leoa, residente norte-americano, poderia ser transferido para os Estados Unidos no sábado para ser tratado em Omaha.
A Serra Leoa é um dos três países da África Ocidental mais atingidas pelo Ébola, juntamente com a Libéria e a Guiné-Conacri.
De acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde, divulgado na sexta-feira, a epidemia fez 5177 entre 14413 infetados em oito países.
Só a Serra Leoa conta com 1187 mortes em 5586 casos registados, à data de 11 de novembro.