Ministério da Saúde reitera vontade de dialogar e vai comparecer na reunião com os médicos
O Ministério da Saúde disse, este domingo, que vai continuar à espera que se realize a reunião de hoje com os sindicatos dos médicos, e reiterou que está disponível para dialogar, negando ter feito ameaças aos médicos.
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"O Ministério da Saúde continua disponível para dialogar e encontrar soluções, à semelhança do que aconteceu recentemente noutros setores" e "continua à espera que se realize a reunião que está agendada para esta tarde com as estruturas sindicais", anunciou fonte do gabinete do ministro.
Em comunicado, o gabinete do ministro afirma que nos últimos dias os governantes da saúde têm, "sistematicamente, reiterado abertura para o diálogo, apresentando propostas concretas".
Entretanto, no dia 5 de julho, a Ordem dos Médicos reconheceu, em comunicado publicado no seu portal, "a relevância de algumas delas" e apelou a que, "se tais declarações se revestem da seriedade", o ministro convocasse as organizações sindicais dos médicos, para com elas discutir um acordo que satisfizesse as preocupações dos médicos.
Na sequência destes desenvolvimentos, o ministério convocou uma reunião para hoje com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), explicou a mesma fonte.
No entanto, numa entrevista à RTP, na sexta-feira à noite, quando questionado sobre o recurso à requisição civil, o ministro da Saúde respondeu que esta é uma "hipótese em cima da mesa em situações extremas, quando os portugueses tiverem a sua saúde em risco".
Os sindicatos acusaram o ministro de introduzir fatores de conflitualidade ao ameaçar com uma requisição civil, mas a tutela "nega categoricamente" que os tenha ameaçado.
Para o Ministério, "os dois sindicatos do setor estão a fazer uma interpretação abusiva das palavras do ministro que respeita o direito constitucional à greve, embora considere não haver neste momento razões objetivas para a mesma".
Já hoje, o Sindicato Independente dos Médicos anunciou hoje que a tutela apresentou no sábado à noite um conjunto de contrapropostas distantes das suas reivindicações que não justificam qualquer reunião negocial antes da greve, mas manifestou-se disponível para negociar depois.