<p>A obra de modernização da Linha do Douro entre Caíde e Marco de Canaveses, que inclui a supressão da passagem de nível sem guarda de Santa Leocádia (Baião) onde morreram quatro pessoas e ficaram três feridas numa colisão entre um automóvel e um comboio regional, irá avançar no primeiro trimestre do próximo ano. </p>
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A informação é avançada esta terça-feira pela Refer e pela CP numa nota de Imprensa, manifestando pesar e solidariedade com as famílias das vítimas e apelando ao respeito pela sinalização ferroviária.
As obras na passagem de nível onde ocorreu o acidente inserem-se num plano mais vasto de remodelação do troço da Linha do Douro, que está a ser alvo de obras de supressão e reclassificação de algumas passagens de nível.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, assinou há pouco mais de um ano um protocolo com a Câmara Municipal de Baião para a execução de uma obra que prevê a supressão e reclassificação de seis das 13 passagens de nível que ainda existem naquela concelho do distrito do Porto. O investimento, a executar num prazo de dois anos, está estimado em 1,3 milhões de euros.
Refer e CP recordam o acordo, firmado em Julho de 2008, com o Município de Baião que conduzirá à supressão de cinco passagens de nível com a construção de ligações viárias alternativas. A de Santa Leocádia só desaparecerá no terceiro trimestre deste ano.
O automóvel onde seguiam sete pessoas foi colhido, cerca das 5.50 horas, pelo comboio regional que fazia a ligação entre a Régua e o Porto.
O acidente, que ocorreu próximo do apeadeiro da Pala, interrompeu a circulação ferroviária na Linha do Douro e obrigou a CP a realizar o transbordo rodoviário de todos os passageiros entre as estações de Marco de Canaveses e Mosteirô.
No comunicado, a Refer assinala ainda que, em colaboração com as autarquias, investiu 270 milhões de euros nos últimos nove anos em obras de supressão e de melhoria do atravessamento das passagens de nível da rede ferroviária nacional. Ao todo, contam-se 1310 passagens de nível suprimidas. O número de acidentes reduziu em cerca de dois terços.