O Papa Francisco apelou solenemente à "garantia de proteção jurídica do embrião", para "proteger todos os seres humanos desde o primeiro momento da sua existência".
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Na oração do Regina Coeli, o Papa, que nunca havia falado de forma tão explícita destes temas sensíveis, saudou os participantes de uma grande marcha popular de diferentes paróquias e membros de organizações "pró-vida" vindos de vários lugares na Europa.
Francisco, cujas posições conservadoras sobre estas questões já eram conhecidas de quando foi arcebispo de Buenos Aires, convidou a que se mantenha "a atenção de todos sobre este tema muito importante, de respeito pela vida desde a conceção".
Cerca de 30 mil pessoas (segundo os organizadores) marcharam este domingo de manhã, a partir do Coliseu de Roma até ao castelo de Santo Ângelo, a poucos metros do Vaticano.
O Papa referiu ainda uma recolha de assinaturas atualmente em curso nas paróquias italianas para apoiar a iniciativa "Um de nós", proposto à União Europeia pelos movimentos pró-vida.
O chefe da igreja católica prestou homenagem à luta "para garantir a proteção jurídica do embrião, protegendo, assim, cada ser humano desde o primeiro momento da sua existência".
Precisou ainda que terá lugar no Vaticano, a 15 e a 16 de junho, a Jornada "Evangelium Vitae" ("Evangelho da Vida"), um "momento especial para todos aqueles que estão comprometidos com a defesa da sacralidade da vida ".
Os temas da defesa da vida - aborto, eutanásia, bioética - têm sido altamente conflituosos entre a Igreja Católica e as sociedades do Ocidente.
João Paulo II e Bento XVI adotaram posições intransigentes sobre esses "valores não negociáveis", uma posição também assumida hoje inequivocamente pelo Papa argentino, que nunca se tinha manifestado diretamente sobre estas questões desde que ele foi eleito para o trono de Pedro.