O Papa apelou hoje, domingo, para a rejeição do "egoísmo" e da "sede de dominação", prestando homenagem a dois santos mártires da Segunda Guerra Mundial, Edith Stein e o padre Kolbe, mortos em Auschwitz "sem nunca terem perdido a fé".
Corpo do artigo
Perante uma multidão entusiasta de peregrinos concentrados no pátio da sua residência de Castel Gandolfo, perto de Roma, Bento XVI, sorridente e de rosto bronzeado, celebrou o Angelus, convidando os cristãos a viver e a utilizar os bens materiais "sem egoísmo ou sede de posse ou dominação, mas segundo a lógica de Deus, da atenção ao outro, a lógica do amor".
O Papa recordou, em seguida, dois santos cuja morte será em breve assinalada: a filósofa alemã de origem judaica Edith Stein, "a santa carmelita Teresa-Benedita da Cruz", morta a 9 de Agosto de 1942 pelos nazis, e "o padre franciscano Santo Massimiliano Maria Kolbe", um sacerdote polaco morto a 14 de Agosto de 1941.
Classificando-os como "mártires do século XX unidos por um destino comum, em Auschwitz", o Papa sublinhou que "ambos atravessaram o período sombrio da Segunda Guerra Mundial sem nunca perderem de vista a esperança, o Deus da vida e do amor".
Depois de ter recitado a oração do Angelus, Bento XVI, visivelmente em boa forma, foi saudado com entusiasmo pelos fiéis concentrados no pátio de Castel Gandolfo.
Dirigiu-lhes curtas mensagens em francês, inglês, alemão, espanhol, polaco e italiano, recebendo de cada vez calorosas ovações dos grupos de peregrinos.