A associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar estima que sejam cerca de 1400 os pescadores das zonas de Matosinhos e das Caxinas a trabalhar em Espanha. Vão em busca de melhores salários e, na maior parte dos casos, trabalhar para barcos de grande porte.
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"A última vez que fizemos essa contagem - e é recente - tínhamos cerca de 1400 homens, só aqui nesta zona", explicou, ao JN, José Festas, o presidente da "Pró-Maior", que esta segunda-feira acompanhou, desde a primeira hora, o drama do arrastão português, que naufragou nas Astúrias e que levava a bordo "um mestre amigo" - o Francisco Fragateiro.
Os homens do mar vão em busca de melhores salários e são "conhecidos em Espanha por serem muito bons pescadores e trabalhadores" e por estarem "disponíveis para trabalhar várias semanas no mar", uma coisa que em Espanha, diz quem conhece a realidade, "não é fácil encontrar".
Já menos, continua a contar José Festas, são os casos de barcos portugueses, registados em portos nacionais, e a trabalhar no norte de Espanha: "Temos aí uns dez ou 12 na situação do "Santa Ana", explicou, acrescentando que o arrastão havia sido recuperado há três anos por um armador espanhol que o levou para as Astúrias, onde habitualmente pescava.