A pressão atmosférica em Portugal atingiu nos últimos dias valores muito acima do normal. O extremo absoluto, com valores ao nível da Sibéria e do Alasca, foi alcançado na sexta-feira.
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De acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Península Ibérica e a região Atlântica adjacente têm estado, desde o dia 16 de dezembro, sob influência de um anticiclone de bloqueio, que faz elevar a pressão atmosférica.
No dia 9, com o núcleo do anticiclone localizado entre Bragança e Salamanca, registou-se, às 10 horas, em Bragança e em Chaves, 1050,3 hPa de pressão ao nível médio do mar, sendo o valor mais elevado de pressão atingido na rede de estações meteorológicas do IPMA.
Citado pela TSF, Pedro Viterbo, director do Departamento de Meteorologia e Geofísica do IPMA, explica que a pressão atmosférica pode definir-se, de uma forma simples, como "o peso do ar que está em cima de nós".
O especialista do IPMA explicou, ainda, que os valores altos de pressão têm sido registados em quase todo o continente, acima dos 1040 hPa. Este é um valor muito invulgar em Portugal, mas comum na Sibéria ou no Alasca.
Apesar dos valores terem diminuído desde o final da semana passada, quando foi atingido o pico de pressão, os valores continuam "muito elevados" durante estes dias e só deve voltar aos valores normais no início da próxima semana.