Mais de 200 estabelecimentos de educação e ensino Pré-Escolar, Básico e Secundário admitiram não estar a cumprir a proibição de fumar, segundo revela o último relatório da Direcção-Geral de Saúde. Dois anos após a entrada em vigor da lei do tabaco, os portugueses cumprem, no entanto, as novas regras e reconhecem os seus benefícios.
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Nos estabelecimentos de ensino, do Pré-Escolar ao Secundário, 20,2% dos inquiridos (240 escolas) admitiram não estar a cumprir a lei. 43,7% das escolas não tinham afixado dísticos de proibição de fumar. Dos 1492 estabelecimentos avaliados relativamente a esta matéria, 1191 (79,8%) responderam que respeitam a legislação.
Por regiões de saúde, a do Algarve era a região que apresentava a melhor percentagem de cumprimento da lei do tabaco nas escolas, 91,4% (74/81)e a região Centro a que tinha o pior cumprimento da lei nas escolas avaliadas, 54,1% (111/205).
Hospitais e empresas exemplares
Os hospitais e as empresas foram exemplares na aplicação das novas regras, refere a avaliação intercalar ao impacto da lei do tabaco, da Direcção-Geral de Saúde (DGS), que recolheu dados até ao final de 2009.
Dos estabelecimentos de saúde inquiridos pelos técnicos da DGS, 79% tinham cumprimento integral da proibição de fumar, por parte dos funcionários, e 84%, por parte dos utentes.
O número de consultas de desabituação tabágica aumentou de 5%, face a 2008, mas cresceu 58,7% em relação a 2007, destaca o relatório. No total, 60% dos centros de saúde e 49% dos hospitais asseguram este tipo de consultas.
A média da espera para o atendimento foi de 1,7 dias, nos centros de saúde, e de 2,7 dias nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, dizem os técnicos do Infotabac.
O que aumentou também no ano passado, e face ao primeiro ano da aplicação da nova lei, foram os pedidos de licenciamento para esplanadas em estabelecimentos de restauração: mais 14%.