O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, defendeu que a "supressão" de feriados não resolve a questão da produtividade, mas que, a verificar-se, deve haver "tratamento igual" entre datas religiosas e não religiosas.
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"Nós sempre dissemos que consideramos que a produtividade, uma questão importante em Portugal, não se resolve com a supressão dos feriados", afirmou Carlos Zorrinho, no final de uma reunião do grupo parlamentar socialista.
Para o presidente do grupo parlamentar do PS, "havendo supressão deve haver um tratamento igual em relação aos feriados religiosos e não religiosos".
"Não faz sentido que alguns feriados sejam suspensos de forma temporária e outros de forma definitiva. O PS fez uma proposta concreta para que não fossem suprimidos os feriados e lamentamos que tenha sido chumbada", assinalou.
A República Portuguesa e a Santa Sé chegaram a acordo sobre a redução do número de feriados religiosos.
A partir de 2013, ficam suspensos durante cinco anos os feriados do Corpo de Deus, que se celebra a uma quinta-feira, 60 dias depois da Páscoa, cuja solenidade é transferida para o domingo seguinte, e o Dia de Todos os Santos, celebrado em 1 de novembro.
O Governo também já tinha anunciado a supressão de dois feriados civis, o 5 de outubro (Instauração da República) e o 1 de dezembro (Restauração da Independência).