Quase seis mil universitários portugueses saíram do país no ano letivo de 2010/2011 para estudar no estrangeiro, ao abrigo do programa Erasmus, segundo dados divulgados esta terça-feira, em Bruxelas.
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De acordo com os dados do programa europeu, 5.946 estudantes portugueses escolheram universidades estrangeiras, mais 10,7% em relação ao ano letivo de 2009/2010 (5.388).
O Programa Erasmus tem como objetivo geral apoiar a criação de um Espaço Europeu de Ensino Superior, incentivando a mobilidade estudantil.
A Espanha foi o país escolhido pela maioria (1.425) dos universitários portugueses, no ano letivo 2010-2011, seguindo-se a Itália (904), Polónia (665) e República Checa, (343).
Por outro lado, as universidades portuguesas receberam 8.536 estudantes estrangeiros, ao abrigo do Erasmus, na sua maioria espanhóis (2.463), seguindo-se italianos (1.011), polacos (1.057) e alemães (545).
A universidade portuguesa que maior número de estudantes estrangeiros acolheu foi a Técnica de Lisboa, com 733, e que está em 26.º lugar no top 100 das instituições que mais alunos acolhem na União Europeia.
Em 33.º lugar está a Universidade do Porto, com 688 estudantes estrangeiros, imediatamente seguida da de Coimbra (686 alunos).
A Universidade Nova de Lisboa surge na 40.ª posição do top 100, com 626 alunos chegados via programa Erasmus e a Universidade de Lisboa ocupa a 60.ª, com 520.
A Universidade de Granada, em Espanha, está em primeiro lugar no 'ranking', com 2019 estudantes oriundos de outros países.
"O programa Erasmus, cujas bodas de prata se celebram este ano, é uma das maiores histórias de sucesso da União Europeia. Os números falam por si - e seriam ainda mais elevados se tivéssemos os recursos para responder à procura. Nestes tempos difíceis, as competências adquiridas através dos estudos e estágios Erasmus são mais valiosas do que nunca", disse, a comissária europeia para a Educação, Androulla Vassiliou.
Em novembro passado, a Comissão apresentou a sua proposta "Erasmus para Todos", um novo programa global que reúne o Erasmus e todos os outros programas da UE e internacionais no domínio da educação, da formação, da juventude e do desporto.
Esta proposta será discutida, na sexta-feira, pelos ministros da tutela dos 27, em Bruxelas.