Quatro feridos do acidente com viatura militar devem ter alta esta segunda-feira
Os quatro feridos que resultaram do acidente com uma viatura militar envolvida no combate aos incêndios no concelho do Funchal, que provocou, também, uma vítima mortal, deverão ter alta ainda esta segunda-feira, informou fonte hospitalar.
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"Deram entrada no serviço de urgências quatro pessoas. São dois civis e dois militares e nos quatro casos não há situações de risco", disse à agência Lusa a diretora clínica do Hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal, Sidónia Nunes.
A médica adiantou que "um dos feridos vai ser observado pela neurologia e outro pela ortopedia e prevê-se que os quatro tenham alta hospitalar ainda hoje".
O despiste de uma viatura do Exército, envolvida no combate aos incêndios no Funchal, com cinco militares a bordo, provocou hoje um morto e quatro feridos na Barreira, freguesia de Santo António.
Segundo relataram testemunhas no local, a viatura do Exército "descia a rua quando terá ficado sem travões".
O veículo, de acordo com os mesmos relatos, "começou a embater em vários carros estacionados", tendo acabado por ficar imobilizado na "entrada de uma casa onde estavam duas mulheres", uma das quais é a vítima mortal.
"A população e outros militares encontravam-se a fazer a limpeza de silvado nas imediações da via, para prevenir a propagação de incêndios, quando, de repente, foram apanhados de surpresa pela viatura militar desgovernada que bateu em sete carros estacionados", informaram testemunhas oculares.
A vítima mortal é uma enfermeira com cerca de 50 anos, enfermeira-chefe no Hospital dos Marmeleiros, adiantou Sidónia Nunes.
O segundo comandante da Zona Militar da Madeira, coronel Portela Ribeiro, explicou no local do acidente, que a viatura "estava a deslocar-se a pedido dos bombeiros de uma posição para outra" quando, ao descer a "rampa inclinada, por uma razão que será ainda de apurar, perdeu o controlo" e, "para tentar minimizar os danos, acabou por embater na vivenda com as causas que se conhecem".
Portela Ribeiro esclareceu que, até ao momento, "não há qualquer registo de uma avaria desse género [falta de travões]" no veículo, ressalvando: "De qualquer das formas, a área da manutenção, que está aqui presente, irá proceder às peritagens necessárias para se apurar a causa".
"Além do efeito psicológico [nos militares], há dois feridos ligeiros que não inspirarão, para já, grandes cuidados, um que se queixava de uma perna e outro que terá batido com a cabeça no vidro", acrescentou.
Entretanto, o Exército anunciou a abertura de um processo de averiguações para apurar as causas do acidente.
"Confirmamos a abertura de um processo de averiguações para apuramento das causas do acidente, bem como da responsabilidade associada ao mesmo", afirmou à agência Lusa o porta-voz do Exército, tenente-coronel Jorge Pedro.