<p>Entrevista com com o teólogo David Munir.</p>
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O preceito do jejum é seguido com que intenção?
Jejuamos para sermos mais piedosos. Fazê-lo é uma forma de auto-controlo, de sentir aquilo que o outro não tem e valorizar o que se tem. Claro que é um mandamento a que todo o muçulmano deve obedecer se for adulto e saudável. Mas, além do jejum físico há o jejum espiritual, segundo o qual o crente se deve abster de atitudes como prejudicar o próximo.
Há castigo e recompensa?
Deus afirma que as acções podem ser pagas cá ou noutro Mundo. As do jejum serão recompensadas no Além. O jejuador deve fazer o seu jejum não demonstrando que está a sofrer. E não valem atitudes hipócritas, como jejuar e depois proceder mal. Há uma passagem do Evangelho em que Cristo também critica esse comportamento.
O mês do Ramadão é de festa?
Este mês sagrado deve ser vivido com muita espiritualidade. Claro que nos países islâmicos há uma convivência mais activa, porque as pessoas se encontram ao final do dia, por exemplo nos mercados. Mas não é um mês de festa. Esta só acontece no primeiro dia depois do Ramadão. É o Eid-Ul-Fitr e, nessa data, é obrigatório comer. Temos cinco dias no ano em que é proibido jejuar e esse é um deles.