Um quarto dos cerca de dois mil condutores observados num projeto da Prevenção Rodoviária Portuguesa não cedeu passagem aos peões nas passadeiras.
Corpo do artigo
Segundo o projeto, que avaliou vários indicadores de desempenho de segurança rodoviária, dos 2051 condutores observados junto a passadeiras onde se encontravam peões a atravessar, 25,4% não cedeu passagem.
Já 22% dos 2149 peões observados atravessou fora das passadeiras.
O projeto da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) indica também que quase 40% dos 1354 condutores observados passou um sinal vermelho nos primeiros três segundo após a sua fixação, situação que é ainda mais grave nos motociclos, em que a percentagem ultrapassou os 60%.
O estudo adianta que 46,3% dos condutores, num universo de 1242, não fizeram "pisca" antes de mudar de direção.
Dos 1266 veículos ligeiros observados pela PRP, cerca de 10% apresentaram pelo menos uma deficiência no sistema de iluminação, sendo as luzes dianteiras, traseiras e stops as que apresentam mais anomalias.
Apesar da maioria dos condutores e acompanhantes usar cinto de segurança nos veículos ligeiros, o mesmo não se passa nos transportes pesados de passageiros, em que 77,9% dos 1618 casos observados não usava cinto de segurança.
No caso das crianças transportadas em veículos pesados de passageiros, 45,8% não usava tal sistema.
O projeto da PRP pretendeu avaliar o comportamento dos condutores quanto ao grau de cumprimento de regras de segurança rodoviária, em matérias como velocidade, utilização de telemóvel, uso de cintos de segurança e consumo de álcool, entre outros indicadores.
A apresentação decorreu no Ministério da Administração e contou com a presença do secretário de Estado da Administração Interna, João Pinho de Almeida.