Cerca de 180 portugueses que trabalham na Guiné Equatorial estão retidos em Malabo, a capital, à espera do voo com destino a Lisboa. A transportadora aérea SATA diz que são 160 os passageiros afetados e que dará mais informações ainda esta tarde.
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Os portugueses, que trabalham sobretudo na construção civil, deviam ter regressado na terça-feira, às 10.00 horas, num voo da companhia aérea SATA, precisou um dos passageiros afetados, Pedro Gomes, via telefone, a partir de Malabo.
Os passageiros alegam não ter recebido qualquer informação ou justificação por parte da SATA.
A agência Lusa contactou a companhia aérea açoriana, que se limitou, "para já", a corrigir o número de passageiros para 160.
O assessor da SATA, José Gamboa, referiu que "o avião só tem capacidade para 165" e remeteu mais informações para "dentro de meia hora".
"Não temos qualquer tipo de explicação, nem uma resposta plausível" da parte da companhia aérea, lamentou Pedro Gomes, adiantando que foi fretado um avião para os trazer de regresso da Portugal.
"Estamos aqui no aeroporto, porque eles têm dito que o avião vem e não sabemos quando é que vai vir. Por isso, também não nos podemos deslocar para mais nenhum sítio, até porque aqui os custos são elevados e já tínhamos tudo programado, de maneira a que íamos embora, e não existe possibilidade nenhuma de sairmos daqui neste momento", relatou. "Estamos nesta incógnita (...), neste impasse", resumiu o passageiro.
Os portugueses afetados estão a trabalhar na construção de um porto marítimo em Malabo para a empresa portuguesa Etermar, de engenharias e obras públicas, com sede em Setúbal.
A agência Lusa tentou contactar a Etermar, mas foi-lhe comunicado que os responsáveis da empresa estarão todo o dia em reunião.