Sabia que Steve Jobs ficava com a pele alaranjada por comer tantas cenouras? E que chegou a passar um ano só a comer fruta? Estes são alguns dos detalhes das dietas extravagantes que fazia, contados na biografia autorizada, publicada recentemente pelo escritor Walter Isaacson.
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Desde muito jovem, Steve Jobs submeteu-se a todo o tipo de purgações, dietas e jejuns. O "vegetarianismo" de Jobs era de conhecimento geral e, em 2008, um artigo publicado pela revista "Forbes" descreveu-o como um viciado em "vegetais verdes escuros, como brócolos e espargos".
O que não se sabia é que Jobs fez dietas em que só comia um ou dois alimentos durante semanas, ou que havia temporadas em que a dieta consistia, apenas, em cenouras temperadas com limão e maçãs.
A biografia de Isaacson conta que a leitura de "Diet for a small planet", um best-seller nos anos 70 nos EUA, levou Jobs a aderir às dietas extravagantes.
Para Steve Jobs o "vegetarianismo" era virtuoso e o jejum purificador. Pelo contrário, considerava que a digestão era um processo que só desperdiçava energias que podiam ser canalizadas para outras actividades. Confessou, também, que quando estava a fazer a dieta da fruta não necessitava de usar desodorizante.
Depois do transplante de fígado a que foi sujeito, Steve Jobs decidiu só beber batidos de fruta. Pedia sete batidos diferentes, colocava-os numa fila e ia provando cada um com a ponta de uma colher. Não gostava de nenhum. O médico acabou por lhe pedir que deixasse de olhar para eles como "comida" e os visse como "medicina". Acabou por desobedecer aos conselhos médicos quando voltou a fazer jejum, mesmo depois da doença se ter agravado.
"A mulher ficava furiosa quando chegava à mesa e ele estava a olhar em silêncio para o computador. Ela queria obrigá-lo a comer e dizia que o ambiente em casa era incrivelmente tenso", relata a biografia.
Isaacson descreve Jobs como um ser muito exigente com a comida. No livro é relatado um episódio em que a filha Lisa o viu cuspir uma colherada de sopa ao saber que tinha manteiga. Segundo ela, as suas obsessões com a comida estavam relacionadas com o seu carácter ascético e com a ideia de que se podia chegar à iluminação através da abstinência estomacal.