Várias instituições e uma empresa lançaram um concurso para a criação de uma aplicação educativa destinada às crianças sírias que não podem ir à escola devido à guerra.
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A Noruega é o país parceiro do concurso e anunciou, em comunicado, que o objetivo da iniciativa, dirigida sobretudo à indústria dos jogos, é selecionar até cinco aplicações com as bases de alfabetização em árabe e que melhorem o "bem-estar psicossocial" das crianças refugiadas sírias na faixa etária dos cinco aos 10 anos.
"Sabemos que quase todas as famílias sírias têm um 'telefone inteligente' (smartphone). É uma ferramenta crucial para se manter o contacto com os amigos e a família e para se ter acesso a informações importantes", sublinhou o chefe da diplomacia norueguesa, Borge Brende, no comunicado.
"Sabemos também que os pais sírios dão muita importância à educação e ao bem-estar dos seus filhos. É por isso que queremos desenvolver esta ferramenta de caráter lúdico que pode ser utilizada pelas crianças onde quer que se encontrem", acrescentou.
A parceria internacional na origem do concurso integra as agências de ajuda ao desenvolvimento norueguesa - encarregue da coordenação -, norte-americana e australiana, a Universidade de Ciências e de Tecnologia de Trondheim (Noruega) e o operador de telecomunicações francês Orange.
As propostas para o projeto de 1,56 milhões de euros devem ser entregues até 1 de abril e, após as fases de pré-seleção e teste, uma ou duas aplicações serão lançadas à escala mundial.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), devido à guerra, cerca de 2,8 milhões de crianças sírias estão atualmente privadas de educação na Síria e nos países vizinhos.