A Facebook vai eliminar informações falsas relativamente à vacina do novo coronavírus. Agora que os países se preparam para as comercializar e imunizar a população contra o SARS-CoV-2, o combate à desinformação nunca foi tão importante. "Atualizaremos regularmente as alegações que removemos com base nas orientações das autoridades de saúde pública", assegura Mark Zuckerberg.
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Todas as publicações que contribuam para a desinformação e que transmitam alegações falsas sobre as vacinas serão removidas da plataforma. Até ao momento, o Facebook eliminava publicações relativas à covid-19 que provocavam "danos físicos iminentes", como a promoção de curas falsas ou teorias da conspiração online. Por exemplo, uma dessas teorias defende que a implementação do 5G, na China, originou o aparecimento do vírus na cidade de Wuhan. Entre o mês de março e outubro foram eliminadas no total 12 milhões de publicações.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, afirmou que a plataforma irá transmitir "informação fidedigna em relação às vacinas", mas não revelou ainda como a informação será distribuída e controlada. A rede social ainda não tinha adotado uma posição em relação às vacinas do SARS-CoV-2, a não ser a eliminação de anúncios que promoviam a antivacinação contra a doença. Porém, no passado, a rede social chegou a banir conteúdos enganosos relativos à vacinação no Paquistão e na Samoa, revela a estação televisiva CNBC.
A divulgação do desenvolvimento de vacinas eficazes para o novo coronavírus, pelas farmacêuticas Pfizer e AstraZeneca, e o reconhecimento do Reino Unido, como o primeiro país do mundo a aprovar a toma das mesmas, levou o Facebook a assumir uma posição relativamente às novas vacinas, decidindo eliminar todo o tipo de conteúdo que contribua para a desinformação.
"Vamos começar a remover alegações falsas sobre estas vacinas, que foram descobertas por especialistas de saúde, no Facebook e no Instagram", assegura. Quando fala em alegações falsas, a empresa refere-se a tudo o que estiver fora da lista oficial de ingredientes e a informações que colocam em causa "a segurança, eficácia, ingredientes ou efeitos secundários da vacina, como por exemplo, as vacinas da covid-19 conterem microchips", acrescenta.
O CEO reforça que "ainda é cedo e os factos sobre as vacinas do novo coronavírus continuam a evoluir", por isso será atualizada com regularidade a base de dados de alegações banidas. Esta mudança surge após o Facebook ter enfrentado vários desafios e removido conteúdos problemáticos da sua plataforma, tais como a negação do Holocausto, a teoria da conspiração QAnon e a manipulação das eleições presenciais americanas, em novembro.
A pandemia proporcionou a proliferação de notícias falsas, por isso Zuckerberg afirma que não será fácil combatê-las. "Não podemos começar a aplicar as políticas de um dia para o outro", alerta.