O Instagram, considerado por muitos uma aplicação dirigida a um grupo elitista, chegou à plataforma Android. Uma "banalização" que está a irritar os utilizadores da aplicação, que nasceu e cresceu com o iPhone.
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Desde que o Instagram ficou disponível para smartphones de sistema operativo Android, que a Internet foi invadida por comentários depreciativos por parte de quem já era utilizador da aplicação.
A aplicação, até então só disponível para quem possuía produtos Apple, tem vindo a receber críticas nas mais variadas redes sociais por parte de utilizadores que acreditam que a banalização deste produto vai tirar-lhe muito do seu encanto, magia e credibilidade.
Os utilizadores escrevem nas redes que não é o facto de o Instagram estar disponível para mais gente de diferentes classes sociais que os está a irritar, mas sim o facto de esta popularização vir a ser vulgarizada por pessoas que "não têm cultura" nem "sentido de bom gosto fotográfico".
Tal como todas as outras redes sociais, a banalização do Instagram não é novidade nem exceção.
Existe sempre um núcleo de pessoas que descobre e explora uma nova rede social e/ou aplicação, até que a novidade se torna interessante o suficiente para eclodir "world wide web".
Aos pioneiros parece sempre uma afronta quando novos descobridores começam a entrar no seu "território".
A especialista em novas tecnologias e comunicações digitais Elis Monteiro afirma que "a rede social liberta o que há de pior no ser humano."
Num artigo na edição online da "Folha", do Brasil, Raquel da Cunha Recuero, doutorada em comunicação, corrobora a opinião de Elis e afirma que "muitos dos preconceitos que aparecem na internet já fazem parte da nossa sociedade", mas que se "tornam ainda mais explícitos nas redes sociais".
Independentemente das opiniões dos utilizadores elitistas da aplicação, o Instagram já teve mais de cinco milhões de downloads para Android desde que ficou disponível na "Google Store".