O responsável técnico do portal Megaupload, Finn Batato, detido na Nova Zelândia no âmbito de uma operação internacional contra a pirataria informática, vai passar o fim-de-semana na prisão, decidiu hoje a justiça daquele país.
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O juiz Nevin Dawson do tribunal de North Shore explicou que a decisão relativa a Batato, a quem foi concedida liberdade condicional no final de Janeiro, responde a problemas relacionados com a gestão da sua vigilância electrónica, de acordo com o portal de notícias neozelandês Stuff.
Batato, de 38 anos e nacionalidade alemã, deverá ser colocado em liberdade condicional na próxima segunda-feira para residir na mesma casa onde se encontra o holandês Bram van der Kolk, responsável de programação do Megaupload, e que foi colocado em liberdade condicional na quinta-feira.
Tal como Kolk, Batato não poderá aceder à Internet após ser colocado em liberdade condicional, de acordo com o portal Stuff.
Os dois informáticos foram detidos a 20 de janeiro com o fundador do Megaupload, Kim Schmitz, e o cofundador do portal, Mathias Ortmann, nos arredores de Auckland.
Schmitz ficará detido até ao dia 22, quando se inicia o processo relativo à sua extradição para os EUA, e Ortmann até haver decisão sobre a sua eventual liberdade condicional.
As detenções ocorreram a pedido dos EUA no âmbito de uma operação policial internacional contra a pirataria informática, que abrangeu ainda o encerramento do portal Megaupload e outras detenções na Europa.
Os EUA querem julgar sete executivos do Megaupload, quatro dos quais detidos na Nova Zelândia, por alegada pirataria informática, crime organizado e branqueamento de capitais.
Os EUA acusam a Megaupload de ter causado perdas de mais de 500 milhões de dólares (376 milhões de euros) à indústria do cinema e música e de ter violado os direitos de autor de empresas, bem como de ter conseguido com isso benefícios de 175 milhões de dólares (132 milhões de euros).