O setor do turismo já vale 11% do Produto Interno Bruto (PIB) de São Tomé e Príncipe. A conclusão é de uma avaliação feita pelas Nações Unidas.
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O primeiro "Relatório Analítico da Conta Satélite do Turismo e as Estimativas Iniciais da Contribuição do Turismo" apontam também para 10% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) do arquipélago, segundo a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA).
No ano passado, São Tomé e Príncipe estabeleceu o recorde de 41 mil turistas recebidos, garantindo emprego a aproximadamente 14% da população, de acordo com a ONU.
No final deste mês, o país vai receber um seminário sobre a contabilização do turismo no PIB, visando "medir com precisão" o seu contributo para a riqueza nacional.
O encontro vai reunir "autoridades governamentais, parceiros de desenvolvimento, académicos, o setor privado e a sociedade civil para promover a apropriação política e institucional da conta satélite e garantir que o turismo baseado em dados concretos se torne parte integrante das prioridades de diversificação económica do país", descreveu a UNECA.
O turismo é, de resto, uma aposta estratégica de São Tomé e Príncipe, espelhada na Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável 2026-2040, assente no turismo sustentável.
No final do último mês de setembro, todo o território o país de língua portuguesa foi oficialmente designado como Reserva Mundial da Biosfera, tornando-o a primeira nação de sempre a ser considerada como tal por inteiro.
A Reserva da Biosfera da Ilha de São Tomé cobre quase 1130 quilómetros quadrados de picos vulcânicos, florestas tropicais e paisagens agrícolas férteis.
Segundo a UNESCO, as zonas de proteção marinha incluem ilhéus como o das Cabras, o de Santana e o das Rolas, "que abrigam recifes de coral, colónias de aves marinhas e praias de nidificação de tartarugas".