A Ryanair vai rever rotas e deixar de operar em alguns aeroportos da Europa devido ao aumento de taxas e impostos aeroportuários.
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Os países em causa são a França, França, Alemanha, Áustria, Espanha, Estónia, Letónia e Lituânia.
Só no caso espanhol, a tarifa prevista para 2026 pela concessionária Aena vai subir 6,5% para uma media de 11 euros por passageiro, após um período de congelamento de uma década, segundo a agência noticiosa EFE.
Portugal, segundo a companhia aérea de baixo custo irlandesa, não faz parte dos destinos em risco.
Em França, a Ryanair vai abandonar os voos desde Bergerac, Brive e Estrasburgo, acabando com 25 ligações no inverno (750 mil lugares, ou seja, 13% da sua oferta). E reduzir em 8% a capacidade dos de Paris-Beauvais, de 9% em Marselha e de 4% em Toulouse.
Na Alemanha, deixará de proporcionar 800 mil assentos, cerca de 10% da oferta prevista, embora pretenda passar a operar em alguns aeroportos regionais, abandonando nove outros que considera "caros", como Berlim, Hamburgo e Colónia, terminando assim 24 ligações.
Áustria é outro dos países que vai ser afetado, com o fim das rotas para Viena (Áustria), Billund (Dinamarca), Santander (Espanha) e Tallinn (Estónia), devido ao aumento de 30% nas taxas no pós-pandemia.
No início do mês, a low cost tinha anunciado a redução de capacidade em Riga (menos 160 mil passageiros, 20%) e o fim de sete destinos internacionais.
Na Lituânia, a atividade da empresa também não vai conhecer qualquer acréscimo porque as tarifas em Vilnius aumentaram 30% desde 2023 e 7% no mais turístico aeroporto de Palanga.
Menos 40% (110 mil lugares e cinco ligações internacionais) é o que pode esperar a Estónia, em Tallinn. "As taxas aumentaram 70%", justificou a Ryanair, depois de já ter havido um corte de 45% (230 mil passageiros).
Com 200 mil passageiros em 3600 voos diários desde cerca de 90 bases (37 países, 626 aeronaves), a Ryanair diz pretender ""apostar em locais onde os custos são mais baixos e há potencial de crescimento do seu negócio".
Exemplo disso mesmo para a empresa são a como Itália (exceto Roma), Suécia, Hungria, Polónia, Eslováquia, Albânia e Marrocos.
Ainda de acordo com a EFE, peritos no setor defendem que a Ryanair tem o mesmo problema que outras companhias aéreas: faltam aviões, uma vez que os grandes fabricantes, a europeia Airbus e a norte-americana Boeing têm vindo a acumular atrasos em termos de entregas e renovações de frota.
Outro fator tem sido a baixa ou mesmo cancelamento de subsídios de autoridades locais ou regionais para as companhias aéreas promoverem os respetivos destinos.