Portugal está a produzir excesso de energia, sobretudo elétrica, devido à redução do consumo no atual momento de crise económica.
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"Nós, hoje, temos um problema de excesso de oferta de energia por redução de consumo. Produz-se mais energia do que [aquela] que necessitamos [e, por isso,] devemos compatibilizar essa oferta também procurando um utilização mais racional da energia que temos", sustentou o diretor geral da ADENE - Agência para a Energia, Filipe Vasconcelos.
Essa situação verifica-se "sobretudo na parte elétrica", uma vez que "o consumo, também devido ao contexto macroeconómico, reduziu e, portanto, temos uma produção muito elevada face às nossas necessidades", salientou Filipe Vasconcelos.
O responsável pela Agência para a Energia defendeu que essa realidade não será incompatível com a competitividade das energias renováveis. "Elas podem ser competitivas, ajustando-se o preço de entrada em mercado" sem que tenham de "onerar as tarifas" e, "mais do que os contribuintes, os consumidores" de energia, frisou.
A aposta "tem que ser feita em energias renováveis maduras, em tecnologias que possam competir no mercado com tecnologias fósseis" e, ao mesmo tempo, "encaminhar aquelas que ainda estão em evolução para instrumentos de investigação e desenvolvimento", uma ideia que está, de resto, presente no Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis para o período 2013-2020, que foi aprovado em Conselho de Ministros no final de fevereiro.
As declarações de Filipe Vasconcelos foram realizadas à margem das XXII Jornadas do Ambiente promovidas pela Quercus - Associação Nacional da Conservação da Natureza, que teve lugar em Fátima.