Ataque a tiro no metro de Bruxelas: Polícia procura atiradores e descarta terrorismo
Um ataque com arma de fogo, esta quarta-feira de manhã, à entrada da estação de metro de Clémenceau, em Bruxelas, levou ao encerramento de várias estações. As autoridades estão à procura dos dois atiradores. Não há vítimas.
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Imagens de câmaras de segurança às quais a comunicação social belga teve acesso mostram pelo menos dois homens a usar balaclavas e com armas Kalashnikov, na entrada da estação de metro de Clémenceau. Um vídeo do local mostra tiros a serem disparados por volta das 6.15 horas (5.15 horas em Portugal continental). De acordo com as autoridades, os dois atacantes fugiram para a estação e poderão estar nos túneis do metro.
A operação de busca envolve "pelo menos" estes dois suspeitos, segundo fonte policial contactada pela AFP. "É bastante provável que houvesse mais de dois suspeitos no local do tiroteio", disse a fonte.
"Ocorreu um tiroteio. As imagens das câmaras de vigilância mostram que os suspeitos fugiram em direção à estação de metro de Clemenceau", disse Sarah Frederickx, porta-voz da Polícia de Bruxelas Sul, ao jornal "Politico". "Por razões de segurança, tivemos de fechar a linha do metro", acrescentou, adiantando que o incidente não provocou vítimas.
O Ministério Público belga declarou que "até ao momento, não há indícios de motivação terrorista para este tiroteio", citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A operadora que administra o metro da capital belga (a STIB) comunicou que a circulação em duas linhas do metro e em quatro linhas do elétrico foi interrompida, enquanto três estações - Bruxelas Midi, Delacroix e Clemenceau - foram fechadas pela Polícia. Os utentes do serviço foram aconselhados a usar outras linhas. A empresa ferroviária nacional da Bélgica (SNBC) disse que "o impacto está localizado principalmente nas linhas de metro".
Esta zona de Bruxelas, no distrito de Anderlecht, é considerada pelas autoridades regionais um dos "pontos críticos" do tráfico de droga. Estes locais representam cerca de 15 bairros identificados desde 2024, onde a coordenação entre a polícia, a justiça e os serviços sociais deverá ser reforçada, num cenário de aumento da violência na via pública, ligada a ajustes de contas entre gangues rivais do tráfico de droga.