Projeto prevê a construção de avenida entre a Praça do Império e a Avenida da Boavista, no Porto, e três loteamentos com mais de 50 lotes. Um deles prevê três torres desenhadas pelo arquiteto Norman Foster, com 80 metros de altura
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Torres até 100 metros
O primeiro loteamento será construído entre a Praça do Império e a Rua do Crasto e prevê a implantação de nove lotes, dos quais cinco são exclusivamente habitacionais e os restantes possuem a possibilidade de diferentes usos, nomeadamente comércio, serviços e habitação.
Neste loteamento, está prevista a construção dos edifícios mais altos de todo o projeto: três torres com um máximo de 25 andares, “acima da cota da soleira”, e uma altura máxima da fachada que poderia chegar aos 100 metros de altura. Nesta altura, no entanto, o que está previsto é que venham a ter uma altura de 80 metros. Ou seja, as torres teriam alturas semelhantes a alguns prédios já existentes na cidade, como é o caso das torres de Fernão Magalhães, que têm cerca de 80 metros de altura, e da Torre do Foco e do Hotel Dom Henrique, que têm cerca de 75 metros e 72 metros de altura respetivamente.
Estas torres, concebidas pelo arquiteto Norman Foster, terão 405 fogos. Segue-se um lote com sete andares, com 100 casas, e os restantes terão um máximo de quatro pisos. No total, o loteamento poderá originar 598 fogos, o que representa 36% da totalidade de habitações previstas em todo o projeto. Nos edifícios mais altos, serão construídos cerca de quatro caves e, em alguns dos outros lotes, está prevista a execução de uma a três caves.
O segundo loteamento, situado entre as ruas do Crasto e do Molhe, que será o mais pequeno dos três, prevê a implementação de dez lotes, dos quais nove são de uso exclusivamente habitacional e um pode ter outras ocupações. Os edifícios mais altos terão um máximo de cinco pisos e os mais baixos apenas dois andares. O número de fogos irá variar entre os cinco e os oitenta, sendo que, no total, poderão ser criadas 197 habitações.
O último e o maior loteamento ficará entre a Rua do Molhe e a Avenida da Boavista. A proposta municipal divide o terreno em 23 lotes, 18 exclusivos para habitação e os restantes poderão acolher comércio e serviços. Os edifícios mais altos terão um máximo de cinco andares e os outros prédios irão variar entre um e três pisos. No total, o loteamento poderá originar 870 fogos (52% da totalidade), variando entre o número de habitações por lote, entre 1 e 94. Um dos lotes irá destinar-se apenas a comércio e serviços. Já o número de caves poderá chegar até às quatro, sendo certo que um dos lotes não terá esta estrutura. No total, serão construídos 1665 fogos nos três loteamentos da futura Avenida Nun’Álvares.