Arquiteto inglês Charles Landry diz que o Porto pode ser "uma metrópole de bolso"
A Invicta reúne as condições para ser uma "metrópole de bolso - grande o suficiente para ser levada a sério e pequena para poder fazer a diferença". A ideia foi defendida, esta quinta-feira, pelo arquiteto inglês Charles Landry na conferência "Como potenciar o Porto", promovida pela Associação Comercial do Porto (ACP).
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A falar no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, Charles Landry identificou a falta de habitação acessível, a gentrificação, o excesso de turismo e a mobilidade como alguns dos problemas de uma "cidade atrativa para pessoas de todo o mundo" e que pode tornar-se assustadora para os locais. "É normal que as pessoas fiquem na defensiva", disse, sinalizando que é importante saber "qual o nível certo de visitantes, quantas pessoas o Porto pode acomodar."
Lembrando que a urbe "é o laboratório que resolve os próprios problemas e cria oportunidades a partir daí", deixou algumas sugestões para um Porto melhor: proteger as lojas tradicionais, a identidade cultural e social, uma mistura de habitação e políticas sociais, proteção arquitetónica e histórica e governação participativa.