Os artistas e lojistas do Stop vão concentrar-se, na próxima segunda-feira, em frente à Câmara do Porto, em protesto, a partir das 15 horas. Vão lá manter-se até às 19.30 horas, seguindo em marcha até ao centro comercial, na Rua do Heroísmo. Em causa está a ação da Polícia Municipal, que selou várias salas de ensaio.
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A comunidade de artistas do Stop diz que, após a selagem de 105 dos 126 espaços do centro comercial, "cerca de 500 pessoas estão sem sala para ensaiar, guardar material ou dar aulas. Há ainda o caso dos lojistas, cuja continuidade da sua atividade comercial foi impedida".
Para os artistas, os argumentos apresentados pela Câmara do Porto "são facilmente refutáveis". Quanto às falhas de vigilância e condições de segurança do edifício, dizem que "o espaço tem vigilância durante 24 horas por dia" e que "foram submetidos, no decorrer dos anos, vários pedidos à Câmara do Porto, com vista à requalificação do espaço - a qual nunca chegou a ser concretizada".
Em causa estará a falta de financiamento dos proprietários para avançar com as obras, apesar de ter sido aprovado o projeto de especialidades para resolver os problemas de segurança existentes.
Sobre o número significativo de lojas sem licença e o ruído proveniente das salas de ensaio ser incomodativo para os habitantes próximos ao local, os músicos dizem que, as lojas na fachada do edifício foram insonorizadas, "respeitando rigorosamente os horários permitidos pela lei do ruído".
Para os artistas, a requalificação do centro comercial "é não só a melhor opção, como também a vontade de todos aqueles que o frequentam e desejam manter a sua essência intacta".
Por isso, vão reunir-se em frente à Câmara do Porto na segunda-feira, a partir das 15 horas, para reivindicar a "abertura imediata" das salas de ensaio. Vão manter-se lá até às 19.30 horas, altura em que seguirão, em marcha, até ao centro comercial Stop, passando pela Rua de Passos Manuel.
"A missão dos músicos e lojistas do Stop é continuar a manter este espaço - emblemático e orgânico - aberto a todas as pessoas que dele queiram usufruir, criando bases sustentáveis para a manutenção de um ambiente propício ao desenvolvimento das atividades culturais, sem negar uma intervenção no espaço que garanta as condições de segurança mínimas do edifício", referem os artistas, em comunicado.