A Associação Representativa dos Polícias (ARP) denunciou na sexta-feira que estão a ser "desviados" agentes da PSP de diversas esquadras para estarem de "prevenção" a um portão automático existente nas traseiras do edifício da sede da Divisão Policial de Cascais que não funciona "há mais de um mês".
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"Quando é evidente a falta de polícias, assistimos a uma situação que jamais deveria suceder, pelo que a ARP jamais poderia ficar no silêncio. Será assim tão complicada a resolução da avaria? Quanto custará à fazenda nacional a utilização de três polícias diários [em turnos de oito horas] por um período de cerca de um mês nesta situação?", questiona a ARP, em comunicado.
O sistema automático do portão terá deixado de funcionar há mais de um ano, mas os polícias corriam-no manualmente, até ele ter bloqueado de vez. Na nota, em que diz ter dado conhecimento da situação "insólita" via ofício à Direção Nacional e ao Comando Metropolitano da PSP, o sindicato refere ainda que os polícias são nomeados por "imposição" e que o caso "está a causar desconforto na Divisão Policial de Cascais e, provavelmente, na gestão de recursos na Polícia Segurança Pública".
Ao JN, o presidente da Associação Representativa dos Polícias acrescenta também que há agentes da PSP a recorrer às viaturas pessoais, pelo facto de não existirem, por vezes, viaturas policiais disponíveis e, por outro, para não perderem demasiado tempo nas rendições. "O que não se admite é esta situação estar assim há tanto tempo. Ou não há dinheiro ou há outros interesses", afirmou Jorge Rufino.
O JN questionou na sexta-feira a Direção Nacional da PSP sobre o assunto, mas não obteve até à publicação deste artigo qualquer resposta.