A União Europeia (UE) condenou, esta segunda-feira, a violência antissemita na Europa, sublinhando que "nestes tempos difíceis" se mantém ao lado das comunidades judaicas.
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"Nestes tempos difíceis, a UE mantém-se ao lado das suas comunidades judaicas", refere um comunicado no qual se condenam os incidentes antissemitas, qualificando-os como "atos odiosos" e que "vão contra tudo o que a Europa representa, contra os nossos valores fundamentais e o nosso modo de vida".
A UE destaca que "a vaga de incidentes antissemitas em toda a Europa atingiu níveis extraordinários nos últimos dias, fazendo lembrar alguns dos períodos mais negros da História. Atualmente, os judeus europeus vivem mais uma vez com medo".
Só em França, os atos antissemitas recrudesceram desde o início do conflito Hamas-Israel, em 7 de outubro, levando à detenção de cerca de 500 pessoas.
Em declarações ao canal de televisão France 2, no domingo, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que "o número de atos antissemitas explodiu" em França, totalizando 1040 desde 7 de outubro, e que das 486 pessoas detidas para identificação, 102 eram estrangeiras.
Na Área Metropolitana de Paris, a polícia contabilizou 257 atos antissemitas e 90 detenções.
O movimento islamista palestiniano Hamas lançou a 7 de outubro um ataque sem precedentes contra Israel, matando mais de 1400 pessoas e fazendo 241 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Israel tem retaliado com ataques contra Gaza, que já mataram mais de 9700 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, classificado como movimento terrorista pela UE e os Estados Unidos.