José Castelo Branco foi detido esta manhã de terça-feira por suspeitas de violência doméstica sobre a sua mulher, Betty Grafstein, de 95 anos. O socialite ia ser ouvido no Tribunal de Sintra, mas por causa da greve dos oficiais de justiça a diligência foi adiada. Deverá pernoitar no posto da GNR de Alcabideche.
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O processo terá sido iniciado após várias queixas da mulher, Betty Grafstein, junto de profissionais do Hospital Cuf Cascais onde está internada, desde 20 de abril. Segundo a CNN, que avançou a notícia, a detenção foi efetuada pela GNR, no seguimento de um mandado de detenção emitido pelo DIAP de Sintra.
Betty terá confessado a vários profissionais de saúde que era agredida e maltratada pelo marido. Aliás o seu internamento, com um fémur partido e ferimentos no braço esquerdo, teria sido consequência de “um empurrão” dele e não de uma queda acidental. Até agora, Castelo Branco negou, todas as acusações, mas há mais relatos que o comprometem. Um antigo funcionário contou à TVI ter testemunhado várias agressões na casa do casal onde trabalhou.
Esse “comportamento abusivo – físico e psicológico – seria recorrente”, garantia a vítima. Os responsáveis do Hospital CUF Cascais elaboraram uma queixa formal junto do Ministério Público que abriu um inquérito na Secção Integrada de Violência Doméstica de Sintra, do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa” .
Na semana passada, no seguimento do desabafo, Betty terá pedido para impedirem José Castelo Branco de a visitar. De imediato, o marido foi proibido de entrar no hospital. A vítima foi entretanto ouvida no sábado pela GNR. E, na sequência desse processo, o “marchand” de arte foi hoje detido, no Estoril, onde está a residir.
José Castelo Branco deveria ser interrogado judicialmente durante esta terça-feira. O socialite chegou a ser levado pela GNR ao Tribunal de Sintra para ser levado perante um juiz. Porém, a greve dos funcionários judiciais inviabiizou esta diligência. Uma vez que só poderá ser ouvido amanhã, irá permanecer sob detenção e pernoitar no posto da GNR de Alcabideche, Cascais.
Após ser interrogado, o juiz de instrução criminal poderá aplicar-lhe “medidas de coação que podem ir desde a proibição de contactos e de afastamento em relação à vítima, até mesmo à prisão preventiva, dependendo dos indícios e da intensidade dos perigos em causa”, explicou fonte judicial ao JN, sem se referir ao caso concreto.