Israel usou, pela primeira vez, um sistema de munições inovador na Faixa de Gaza. Chamado Iron Sting (Ferrão de Ferro), usa tecnologia GPS para que unidades de infantaria consigam atingir alvos com um elevado grau de precisão, prometendo revolucionar a guerra contra o Hamas.
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Naquela que foi a primeira vez que o sistema de munições de precisão Iron Sting foi usado numa operação militar, a tecnologia inovadora serviu para atingir os lançadores de mísseis do Hamas na Faixa de Gaza. As forças israelitas divulgaram um vídeo em que mostram o uso do sistema. “A unidade Magellan, em cooperação com a Força Aérea, frustrou dezenas de terroristas, usando uma variedade de armas, incluindo um morteiro inovador e preciso”, lê-se na publicação da Força Aérea israelita.
O Iron Sting foi desenvolvido pela Elbit Systems e revelado pela primeira vez em 2021. O sistema foi projetado para uso em terreno aberto e ambientes urbanos, tentando reduzir a possibilidade de que não-combatentes sejam feridos. A arma consiste num morteiro de 120 mm com GPS e orientação a laser para atingir alvos com precisão, num raio de um a doze quilómetros, e tem capacidade de penetrar cimento reforçado.
O responsável pela Administração para o Desenvolvimento de Armas e Infraestrutura Tecnológica do Ministério da Defesa israelita disse, em declarações ao jornal "Times of Israel", que o Iron Sting estava em desenvolvimento há uma década. Segundo Yaniv Rotemo, o sistema capacita unidades de infantaria com um nível de precisão que antes só era possível através de mísseis e armamento aéreo.
O grupo islamita Hamas lançou a 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns. Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.