Ao 20.º dia de guerra em Gaza, o exército israelita fez uma incursão noturna no norte do território palestiniano. Acompanhe os principais momentos do conflito que escalou após o ataque do Hamas no sul de Israel a 7 de outubro.
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Os vice-ministros dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, e iraniano, Ali Bagheri Kani, apelaram em Moscovo para o fim das ações militares na Faixa de Gaza. "Sublinhou-se a necessidade do fim das ações militares na Faixa de Gaza e em seu redor e o fornecimento urgente de ajuda humanitária à população palestiniana afetada", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
Moscovo e Teerão acordaram "continuar a trabalhar em estreita cooperação no sentido da estabilização da situação no Médio Oriente", tendo em conta "a escalada sem precedentes do conflito israelo-palestiniano na zona".
A presidente da Comissão Europeia acusou esta sexta-feira o grupo islamita Hamas de ter provocado uma crise humanitária em Gaza, pelo ataque a Israel, prometendo ajuda da União Europeia (UE), que tem de chegar "sem entraves e rapidamente".
"O Hamas provocou uma crise humanitária em Gaza e, para a Comissão [Europeia], é muito importante que continuemos a intensificar os nossos esforços para lidar com a crise humanitária em Gaza", defendeu Ursula von der Leyen.
Para a líder do executivo comunitário, "a ajuda tem de chegar a Gaza sem entraves e rapidamente".
A União Europeia (UE) vai organizar uma conferência para a paz no Médio Oriente "a realizar-se em breve", anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no final do primeiro dia de cimeira.
"Conversámos muito sobre o nosso compromisso de uma solução de dois Estados. Durante a reunião decidimos acordar o desejo europeu de organizar uma conferência europeia da paz, a realizar-se em breve [...], queremos reafirmar a nossa unidade para enviar uma mensagem aos nossos cidadãos e ao resto do mundo, baseada nos nossos valores, nos tratados e valores fundamentais", disse Charles Michel, em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.
O presidente do Conselho acrescentou que os 27 concordaram na necessidade de "combater a islamofobia e qualquer tipo de discriminação".
Em simultâneo, os chefes de Estado e de Governo analisaram como podem "reagir e agir nas próximas semanas", sobretudo em "termos humanitários": "Pode ser comida, pode ser eletricidade, medicamentos, estamos comprometidos com isso".
O exército israelita mostrou esta quinta-feira, a alguns jornalistas, armas usadas pelos comandos do Hamas no ataque de 7 de outubro contra Israel, algumas das quais, disseram, terão sido fornecidas pela Coreia do Norte e pelo Irão.
A exposição de algumas dezenas de armas, entra as quais minas, lança-rockets, obuses e até drones de fabrico artesanal, apreendidas nos locais dos ataques do Hamas, foi feita durante uma visita a uma instalação militar que não pode ser revelada.
"Penso que entre 5% e 10% destas armas foram fabricadas pelo Irão e 10% são norte-coreanas. O resto foi fabricado na Faixa de Gaza", afirmou um responsável do exército israelita, cuja identidade não pode ser revelada, de acordo com a France-Press.
O primeiro-ministro salientou esta quinta-feira que o Conselho Europeu chegou a acordo sobre a "importância de criar condições de acesso humanitário" para a Faixa de Gaza, com corredores e "pausas humanitárias", depois de divergências sobre a terminologia.
"Concordámos que Israel tem o direito de se defender em linha com o direito humanitário internacional. Houve acordo sobre a importância de criar condições de acesso humanitário a Gaza, através de corredores e pausas humanitárias", escreveu António Costa na rede social X (antigo Twitter) ao final da noite desta quinta-feira.
O primeiro-ministro português acrescentou que os líderes europeus apoiam "a necessidade de proteger todos os civis e de prosseguir iniciativas diplomáticas" na região.
Novecentos militares norte-americanos foram mobilizados para o Médio Oriente com a missão de evitar uma escalada regional do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, informou o Pentágono esta quinta-feira.
O porta-voz do Pentágono, Patrick S. Ryder, afirmou em conferência de imprensa que nenhum membro desse contingente tem como destino Israel.
Os 900 militares já foram destacados ou estão em vias de o fazer na área de operação do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) que opera no Médio Oriente, Ásia Central e partes do sul da Ásia.
Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) acordaram esta quinta-feira apelar a "pausas para fins humanitários" de forma a permitir a passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, após divergências sobre a terminologia.
"O Conselho Europeu manifesta a sua profunda preocupação com a deterioração da situação humanitária em Gaza e apela a um acesso humanitário contínuo, rápido, seguro e sem entraves, e a que a ajuda chegue aos necessitados através de todas as medidas necessárias, incluindo corredores humanitários e pausas para fins humanitários", referem as conclusões da cimeira europeia, acordadas pelos líderes da UE.
As famílias dos reféns em cativeiro na Faixa de Gaza avisaram, esta tarde, em Telavive que chegaram "ao limite da paciência" e exigiram ser recebidos pelo Governo israelita, chefiado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, esta noite.
"Esgotou-se a paciência, a partir de agora vamos lutar", indicou o Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos - 224 pessoas, segundo o Exército israelita, capturadas a07 de outubro pelos combatentes do grupo islamita palestiniano Hamas, durante o seu ataque ao sul de Israel que fez mais de 1400 mortos, na maioria civis, e cerca de cinco mil feridos.
De acordo com o Exército, as 224 famílias foram contactadas para serem informadas de que os seus familiares tinham sido feitos reféns.
"Exigimos que o Governo fale connosco esta noite e nos diga como tenciona trazê-los de volta hoje. Estamos a intensificar a luta, já não estamos à espera de que alguém nos lidere, estamos a liderar a luta", disse Meirav Leshem Gonen, mãe de Romi Gonen.
"Há 20 dias que o Governo está em silêncio, estamos a fazer tudo sozinhos", lamentou Eyal Sheni, pai de Roni Sheni, um soldado de 19 anos que se desconhece se foi feito refém ou está desaparecido. "Só vos peço uma coisa: mexam esses traseiros, ajudem-nos e assumam as vossas responsabilidades", acrescentou.
Nove países árabes sustentaram, esta quinta-feira, que o direito de Israel à defesa após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas "não justifica violações flagrantes do direito internacional".
Num comunicado conjunto, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, a Arábia Saudita, Omã, o Catar, o Kuwait, o Egito e Marrocos condenaram assim a retaliação maciça de Israel em curso desde 7 de outubro, desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul do território israelita que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e 220 reféns.
Segundo dados da ONU, a forte resposta israelita, ainda em curso, fez até agora mais de 6500 mortos na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, incluindo 2700 crianças.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) voltou a avisar que poderá suspender as suas operações humanitárias na Faixa de Gaza devido à falta de combustível. "O combustível ainda é urgentemente necessário para sustentar operações humanitárias vitais. As reservas atuais estão quase esgotadas, forçando a suspensão dos serviços de salvamento de vidas", afirmou a agência da ONU no seu mais recente relatório.
A agência recorda que o combustível é essencial para o abastecimento de água corrente e para o funcionamento de hospitais, padarias e geradores elétricos, pelo que o seu acesso na Faixa de Gaza é uma das principais prioridades. "As reservas de medicamentos e combustíveis estão a diminuir drasticamente, colocando em risco a continuidade dos serviços essenciais de saúde", insistiu a UNRWA.
Após quase três semanas desde a incursão do Hamas em Israel e a rápida retaliação israelita na Faixa de Gaza, os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) reuniram-se esta quinta-feira para alcançar uma posição comum em relação à crise humanitária no território palestiniano. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, salientou a importância do bloco demonstrar união e voltou a condenar o “violento ataque terrorista” do Hamas. O belga referiu ainda que “os civis devem ser protegidos, sempre e em todo o lado”.
O Exército israelita anunciou, esta quinta-feira, que eliminou num bombardeamento da Força Aérea o "número dois" da Direção de Informações do grupo islamita palestiniano Hamas, Shadi Barud, considerado coautor moral do ataque de 7 de outubro a Israel.
O grupo islamita palestiniano Hamas elogiou a posição do presidente russo sobre o conflito no Médio Oriente, durante conversações políticas mantidas em Moscovo, nas quais as autoridades russas exigiram a libertação imediata dos reféns estrangeiros mantidos em Gaza. "A delegação valorizou muito a posição do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e também os esforços ativos da diplomacia russa", afirmou o Hamas, num comunicado citado pela agência estatal RIA Novosti a propósito das conversações mantidas na capital russa entre representantes do braço político do grupo islamita e as autoridades russas.
Na nota informativa, o Hamas destacou que, durante as conversações com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, e o representante especial do Presidente russo para o Médio Oriente e países africanos, foram discutidas formas de travar "os crimes de Israel apoiados pelo Ocidente".
Na declaração, o grupo islamita defendeu o seu direito de resistir à ocupação israelita com todos os métodos à sua disposição.
A Assembleia Geral da ONU reuniu-se, esta quinta-feira, de emergência para abordar a situação em Gaza, com a Palestina a lamentar a falta de empatia da comunidade internacional pelos palestinianos mortos nos bombardeamentos israelitas, e Israel a criticar as Nações Unidas.
O governador do estado da Florida, EUA, Ron DeSantis, anunciou, esta quinta-feira, o envio de drones, armas e munições para Israel, quando este país se prepara para uma incursão em Gaza em resposta ao ataque do Hamas.
A Florida enviou aviões de carga com suprimentos de saúde, 'drones', coletes à prova de balas e capacetes, informou Jeremy Redfern, porta-voz do gabinete do governador estadual.
A Casa Branca ainda não esclareceu se esta ajuda foi coordenada com o Governo federal dos Estados Unidos.
Um porta-voz do Hamas, Abu Obeida, anunciou esta quinta-feira que cerca de 50 reféns detidos pelos seus combatentes foram mortos durante bombardeamentos de Israel a Gaza, após o ataque de 7 de outubro.
De recordar que Israel indentificou 224 reféns do Hamas em Gaza.
O primeiro-ministro, António Costa, desvalorizou, esta quinta-feira, as divergências na União Europeia (UE) sobre a terminologia referente ao apelo para ajuda humanitária em Gaza, entre pausa e cessar-fogo humanitário, vincando antes ser necessário assegurar "condições para existir". "Não nos vamos prender à terminologia. O que é essencial é que se criem condições para que a ajuda humanitária possa existir", declarou o chefe de Governo, em Bruxelas.
Em declarações à chegada ao Conselho Europeu, que decorre numa altura de acesos bombardeamentos de Telavive contra a Faixa de Gaza, que se seguiram ao ataque do grupo islamita Hamas a 7 de outubro, António Costa ressalvou que a UE "reconhece obviamente, o direito de Israel responder militarmente de forma a destruir a capacidade ofensiva do Hamas, isso é evidente". "Agora, nós não podemos confundir o Hamas com o povo palestiniano, nem com o conjunto das pessoas que vivem em Gaza, e não podemos numa operação militar contra o Hamas causar danos colaterais de uma que seria uma tragédia humanitária junto de toda a população da Faixa de Gaza", sublinhou.
Por isso, "é preciso criar condições porque não pode haver, obviamente, ajuda humanitária sobre um bombardeamento", insistiu. "É necessário que, seja cessar-fogo, seja essa nova forma da pausa humanitária, criar condições para que o apoio humanitário possa ser efetivo e não fique travado por via das ações militares estão em curso", adiantou António Costa.
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, enviou uma mensagem de apoio ao secretário-geral da ONU, após Israel exigir a demissão de António Guterres por palavras sobre o conflito no Médio Oriente. "Precisamos das Nações Unidas (ONU) e neste momento crucial quero enviar uma mensagem de apoio às Nações Unidas e ao seu secretário-geral", disse o chefe da diplomacia europeia no encerramento da conferência de investimentos internacionais Fórum Global Gateway, em Bruxelas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia confirmou que se encontra em Moscovo uma delegação do movimento islamita Hamas e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, para um encontro com o homólogo russo.
Segundo a agência noticiosa Ria Nosvosti, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, não adiantou pormenores sobre o programa da delegação do movimento, considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, referindo que dará mais informações à imprensa depois das reuniões. "Posso dizer e confirmar que os representantes do movimento palestiniano relevante estão de visita a Moscovo", disse a porta-voz, quando questionada sobre a presença na Rússia de Musa Abu Marzuk, membro do Hamas.
Zakharova informou ainda que o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Bagheri Kani, também está de visita à capital russa e deverá encontrar-se com o homólogo russo, Miakhil Galuzin, segundo reportou a agência noticiosa Interfax.
Portugal, com quatro mortos e quatro desaparecidos, é um dos muitos países mencionados na lista de cidadãos estrangeiros que foram mortos, feitos reféns ou desapareceram desde o ataque do Hamas a Israel, atualizada esta quinta-feira pela agência noticiosa AFP.
A presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, reiterou, esta quinta-feira, o apelo à libertação incondicional dos reféns capturados pelo movimento islamita Hamas e à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. "O Hamas deve ser parado e todos os reféns incondicionalmente libertados", disse Metsola, em declarações à entrada da reunião do Conselho Europeu, apelando ainda ao fornecimento de apoio humanitário "para aliviar as consequências mais duras sobre civis inocentes em Gaza".
No entanto, e ainda nas mesmas declarações, Metsola avançou que vai pedir aos líderes dos 27 da União Europeia (UE) que não deixem o conflito entre Israel e o Hamas desviar as atenções da Ucrânia. "Temos de continuar a ajudar a Ucrânia, militar e financeiramente, nomeadamente no contexto da revisão do quadro financeiro plurianual" da UE, referiu.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, agradeceu a um motorista que salvou 30 pessoas durante o massacre no festival de música, a 7 de outubro.
De acordo com meios de comunicação israelitas citados pela BBC, Youssef Alziadna conduziu o seu autocarro até ao local do massacre para resgatar pessoas que tentavam fugir. À conversa com Herzog, o motorista realçou que, sendo israelita, "sabia que tinha que ir lá e salvá-los".
O ministro das Obras Públicas da Autoridade Nacional Palestiniana afirmou, esta quinta-feira, que cerca de 200 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas pelos bombardeamentos israelitas em Gaza desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
"Os bombardeamentos da ocupação [de Israel] eliminaram famílias inteiras, apagaram bairros, áreas e comunidades residenciais", para além de provocarem a destruição "de instalações, incluindo hospitais, locais de culto, padarias, postos de gasolina, mercados e escolas", acusou Mohamed Ziara, membro da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), com poder limitado na Cisjordânia ocupada e sem controlo sobre Gaza.
Nos últimos dias, o Governo de Gaza, controlado pelo Hamas, garantiu que cerca de 50% das casas da Faixa foram danificadas pelos ataques israelitas e que pelo menos 28 mil casas desabaram ou ficaram completamente inabitáveis.
A ministra da Justiça recusou, esta quinta-feira, detalhar o número de nacionalidades atribuídas com caráter de urgência devido à guerra na Faixa de Gaza, mas referiu que o processo de análise dos pedidos de judeus sefarditas será, na generalidade, acelerado.
"Estas situações, cada uma delas é um caso, cada uma delas tem de ser vista individualmente e o Ministério da Justiça estará sempre, como é seu timbre, do lado dos direitos humanos",
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O líder da oposição israelita, o antigo primeiro-ministro Yair Lapid, acusou, esta quinta-feira, o Governo de Benjamin Netanyahu de paralisia após o ataque do grupo islamita Hamas, afirmando que a sociedade civil precisa de mais atenção.
"É possível compreender o choque e a paralisia do Governo" no rescaldo imediato do ataque do Hamas, mas "é difícil compreender como é que o Governo ainda não saiu do choque" quase três semanas depois, afirmou. Lapid considerou que o Governo "não está presente para se dirigir à sociedade civil".
Sugeriu ainda, numa mensagem nas redes sociais citada pela agência espanhola EFE, que o executivo de Netanyahu aumente a frequência da comunicação com a população.
O Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, elevou, esta quinta-feira, o número de mortos causados pelos bombardeamentos israelitas para 7028, incluindo 2913 crianças. Segundo a mesma fonte, foram mortas 1709 mulheres e ficaram feridas 18.484 pessoas.
A guerra entre Israel e o movimento islamita, que cumpre hoje o seu 20º dia, é a mais mortal desde a retirada unilateral de Israel deste pequeno território palestiniano em 2005, dois anos antes de o Hamas assumir o poder no enclave.
O ministro Benjamin Gantz, membro do gabinete de guerra criado após os ataques de 7 de outubro, disse hoje que as autoridades israelitas "tomam decisões apenas de acordo com seus interesses", negando pressões norte-americanas sobre a operação terrestre.
"Estamos a tomar decisões com base apenas nos nossos próprios interesses", explicou o ministro, acrescentando, no entanto, que as autoridades de Israel apreciam o apoio dado até agora pelos Estados Unidos.
De acordo com o Wall Street Journal, que cita autoridades norte-americanas e israelitas, Israel aceitou adiar a ofensiva na Faixa de Gaza para que os Estados Unidos possam instalar defesas antimísseis para proteger as suas tropas, o que deverá acontecer ainda esta semana.
"Só nós defenderemos a nós mesmos e a cada judeu", disse Gantz, que já foi ministro da Defesa, garantindo que não existe o risco de Israel ser eliminado como nação soberana.
A Rússia alertou esta quinta-feira para a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza, que atribuiu aos bombardeamentos israelitas, advertindo que pode piorar se Israel iniciar uma operação terrestre no enclave palestiniano.
"A situação é catastrófica e pode piorar ainda, por muito difícil que já seja, no caso de se iniciar a operação terrestre [por parte de Israel]", declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.
Para Peskov, é necessário "convocar a todos para um cessar-fogo" e não "condenar as ações de apenas uma das partes".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana acusou esta quinta-feira Israel de estar a travar uma "guerra de vingança" na Faixa de Gaza, afirmando que o cessar-fogo é essencial para que a ajuda humanitária possa ser entregue no local.
"Desta vez, a guerra que Israel está a travar é diferente. Desta vez, é uma guerra de vingança. Primeiro temos de pôr fim a esta agressão unilateral e depois temos de apelar a um cessar-fogo", afirmou, em Haia, Riyad al-Maliki, defendendo a ideia de que a solução de dois Estados "é mais pertinente do que nunca".
"Os ataques de Israel a Gaza, que não têm justificação em nenhum texto sagrado, atingiram a magnitude de massacre", disse Recep Tayyip Erdogan ao Papa Francisco, esta quinta-feira.
"A indiferença da comunidade internacional sobre o que está a acontecer é uma vergonha para a humanidade e todos os Estados deveriam levantar a voz contra esta tragédia", acusou o presidente turco, apelando ao Papa para que apoie os esforços da Turquia para que seja enviada ajuda humanitária aos palestinianos em Gaza.
As Nações Unidas lançaram um sério aviso, esta quinta-feira, afirmando que "nenhum lugar é seguro" em Gaza, numa altura em que se intensificam os ataques aéreos israelitas, em preparação para uma ofensiva terrestre.
Com Israel a retaliar após os ataques do Hamas de 7 de outubro, com ataques em quase todas as partes do enclave palestiniano, "as pessoas são deixadas apenas com escolhas impossíveis. Nenhum lugar é seguro em Gaza", declarou Lynne Hastings, coordenadora humanitária da ONU para os territórios palestinianos ocupados, em comunicado.
Israel anunciou, esta quinta-feira, que uma coluna de tanques e infantaria tinha lançado um ataque noturno na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, atingindo "numerosos" alvos antes de se retirar para o seu território.
Os militares anunciaram a incursão no norte do território palestiniano horas depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter declarado que estavam em curso os preparativos para uma guerra terrestre.
As Forças de Defesa de Israel descreveram a operação como um "ataque direcionado" que atingiu "numerosas células terroristas, infra-estruturas e postos de lançamento de mísseis anti-tanque".
"Os soldados já abandonaram a zona e regressaram ao território israelita", acrescentou.
A família de um jornalista da Al Jazeera foi morta num ataque israelita em Gaza, informou a cadeia de televisão sediada no Catar em comunicado. A Al Jazeera declarou que a mulher e os dois filhos do correspondente do seu canal de língua árabe em Gaza, Wael Al-Dahdouh, foram mortos num ataque ao campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza.
"A Al Jazeera Media Network apresenta as suas sinceras condolências e simpatias ao nosso colega Wael Al-Dahdouh pela perda da sua família num ataque aéreo israelita", afirmou. "O ataque indiscriminado das forças de ocupação israelitas resultou na trágica perda da sua mulher, filho e filha, enquanto o resto da sua família está enterrada sob os escombros."
A Câmara dos Representantes dos EUA, de maioria republicana, aprovou uma resolução que reforça o apoio a Israel e exige que o grupo islâmico palestiniano Hamas cesse os seus ataques contra o Estado judaico.
Os deputados aprovaram a resolução sobre Israel com 412 votos a favor e 10 contra. O texto reconhece que Israel é um parceiro estratégico dos EUA e que a Câmara Baixa está a seu lado na sua defesa contra a "brutal guerra lançada pelo Hamas e outros terroristas", apoia o seu direito "à autodefesa" e pede a todo os países que condenem essa agressão de forma "inequívoca".
Este foi o primeiro texto aprovado após a nomeação de Mike Johnson como novo "speaker" da Câmara Baixa.
"O apoio total e cego dos Estados Unidos e de alguns países europeus ao regime israelita atingiu um ponto preocupante e existe a possibilidade de se perder o controlo da situação", disse o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir Abdollahian, à agência IRNA.
À chegada a Nova Iorque para uma reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU sobre o conflito, Abdollahian disse que o Irão quer a cessação imediata dos "crimes de guerra e genocídio" na Faixa de Gaza, a entrega de ajuda humanitária e o fim da deslocação forçada da população do enclave palestiniano.
"Isso pode ser incluído em qualquer resolução" da ONU, afirmou, segundo a agência espanhola EFE.