O exército israelita lançou um ataque em Beirute, direcionado a um comandante do Hezbollah, responsável pelo ataque que matou 12 crianças e adolescentes nos Montes Golã. A ofensiva de hoje provocou, pelo menos, uma vítima mortal e vários feridos.
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Pelo menos uma mulher morreu e várias outras pessoas ficaram feridas, algumas em estado crítico, num ataque a um edifício a sul de Beirute, capital do Líbano, lançado hoje por Israel, de acordo com a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa.
O ataque "direcionado", confirmado pelas Forças Armadas de Israel (IDF), visava o comandante do grupo xiita libanês Hezbollah, a quem Telavive imputa a responsabilidade pelo bombardeamento de sábado nos Montes Golã sírios, anexados por Israel, em que morreram 12 crianças.
"As IDF realizaram um ataque direcionado contra o comandante responsável pelo assassínio das crianças em Majdal Shams e pela morte de muitos outros civis israelitas", refere o exército israelita em comunicado, confirmando que o ataque desta terça-feira foi uma retaliação contra o Hezbollah, que, no sábado, negou a autoria do ataque.
Segundo disse fonte do grupo rebelde à agência France-Presse (AFP), o comandante militar alvo do ataque israelita, Fouad Chokr, sobreviveu, mas morreram duas pessoas, continuando em curso no local as operações de resgate no edifício atacado.
Fontes locais citadas pelas agências noticiosas internacionais no Líbano relataram uma explosão e uma nuvem de fumo nos subúrbios a sul de Beirute, zona conhecida como Dahye, um importante bastião do Hezbollah.
Ataques intensificam-se
A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, está a mediar para que a resposta seja contida e não conduza a uma guerra aberta na fronteira entre Israel e o Líbano, que vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006, quando o Exército israelita e o Hezbollah já travaram uma guerra.
Esta manhã, Israel tinha atacado já 10 alvos do Hezbollah em várias regiões do Líbano, matando outro combatente do grupo; enquanto a milícia xiita lançou várias rajadas de rockets em direção ao norte, matando um civil israelita.
A fronteira entre Israel e o Líbano tem vivido desde outubro uma intensa troca de tiros, que custou a vida a mais de 560 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 355 vítimas, algumas na Síria, além de cem civis. Em Israel, morreram 46 pessoas no Norte: 22 militares (cinco em acidentes operacionais) e 25 civis, incluindo 12 crianças e adolescentes no ataque de Majdal Shams e outro hoje.