André Moreira, de 37 anos, morreu e o seu irmão, Flávio, de 27 anos, ficou ferido com gravidade, depois de terem sido atingidos a tiro, ao que tudo indica por um vizinho, de 76 anos, à hora de almoço deste domingo, na aldeia de Areias, concelho de Carrazeda de Ansiães.
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Tudo indica que na origem dos crimes está uma discussão sobre uma passagem por um terreno agrícola e uma acusação por um furto de três mil euros.
O homem de 37 anos, que trabalhava numa empresa de extração de lítio, foi sujeito a manobras de reanimação, mas estas não surtiram efeito e o óbito foi declarado no local pelo médico do INEM. O irmão, funcionário das Águas de Carrazeda, foi estabilizado por uma equipa do INEM e transportado para o Hospital de Vila Real, adiantou fonte da GNR.
Para o mesmo hospital seguiu o suspeito dos crimes, João Baçalo, agricultor que sangrava da cabeça. Ainda durante a tarde, a Polícia Judiciária (PJ) esteve hospital.
Há muito que não eram boas as relações entre a família das vítimas e a do agressor. “Não se davam bem por causa da passagem num terreno e dos marcos de divisão”, contou ao JN uma fonte, que preferiu o anonimato, acrescentando: “Alguém terá ido contar ao João que o André e o Flávio tinham passado na horta dele uns dias antes, mas hoje ele ainda acusou o André de lhe ter roubado ter roubado três mil euros. Terá sido por isso que a discussão”.
Mãe das vítimas assistiu
A altercação ocorreu na Rua do Ribeiro, quando André se dirigia para casa da mãe para almoçar. O alegado autor dos disparos, vizinho do lado da vítima mortal, terá entrado em casa para se munir de uma pistola e disparou à queima roupa sobre o jovem. O irmão veio em seu auxílio e também acabou baleado. Segundo populares, a mãe de ambos, Maria Stela, terá presenciado o crime e foi transportada em estado de choque para uma unidade de saúde.
Um vizinho ouviu os disparos e, quando se apercebeu do que se passava, acionou o 112.
Populares contaram ao JN que o filho do suspeito, de 48 anos, estava na rua na altura dos disparos, que ocorreram em frente à casa onde morava André, ausentou-se durante algum tempo em direção a um terreno. Mas, segundo apurou o JN, as autoridades acabariam por encontrar a arma do crime e ainda uma caçadeira, ambas ilegais.
Segundo os vizinhos tanto o suspeito como o filho são considerados “conflituosos”. Aliás, são mal vistos pelos outros habitantes, sobretudo, porque o filho está em prisão domiciliária pelo crime de incêndio florestal.
André Moreira deixa um filho de 14 anos, que estava de férias no Luxemburgo com uma tia e viajaria ontem à noite para Portugal.
“O rapaz já sabe de tudo. Viu nas notícias”, contou ao JN uma amiga da família.
Também se esperava a vinda do pai de André e Flávio, emigrante que há pouco mais de uma semana regressara à Suíça depois de umas férias na aldeia.