Centenas de obras de arte portuguesa em exposição gratuita na Universidade do Porto
“Aula do visível”, uma parceria da academia portuense com a Fundação Ilídio Pinho, mostra centenas de obras de arte moderna e contemporânea que contam a História de “continuidade e rutura” da arte portuguesa, do século XIX até à atualidade.
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O nome da exposição gratuita - inaugurada na terça-feira e patente no edifício Abel Salazar até final de maio - é autoexplicativo. “Aula do visível” pretende oferecer à “comunidade académica e ao país uma autêntica aula sobre a forma pouco linear como a produção artística nacional evoluiu em 145 anos”, afirma a vice-reitora para a Cultura da Universidade do Porto, Fátima Vieira. Ao todo, serão expostos no edifício Abel Salazar 120 trabalhos de pintura, desenho, escultura e fotografia, datados entre 1880 e o ano passado.
Dada a extensão, tanto em número como em variedade temporal e artística, do espólio apresentado, parte da coleção da Fundação Ilídio Pinho, este evento propõe-se ser um olhar vasto sobre a arte moderna e contemporânea portuguesa. “Vai mostrar continuidades e ruturas na evolução da arte portuguesa”, diz em comunicado a Universidade do Porto.
Entre as obras expostas, destacam-se dois núcleos dedicados a Vieira da Silva e Amadeo de Souza-Cardoso, artistas centrais no século XX português. A exposição desdobra-se ainda em referências da modernidade nacional como Mário Eloy, Almada Negreiros, Sarah Affonso, Júlio Resende, Nadir Afonso ou Mily Possoz. “Aula do visível” foca-se em diversos outros nomes, com enfâse no papel feminino neste mais de um século de arte, com obras de Helena Almeida, Júlia Ventura, Maria Beatriz ou Paula Rego, entre outras. Os talentos mais recentes também não ficaram esquecidos.
“Aula do visível” inaugura amanhã, 11 de fevereiro, no edifício Abel Salazar, da Universidade do Porto, e prolonga-se até 31 de maio. A exposição, de entrada livre, pode ser visitada de segunda-feira a sábado, das 10 horas às 17.30 horsa.