O Centro Hospitalar Universitário de Santo António, no Porto, vai lançar nesta sexta-feira o primeiro Banco de Córneas em Portugal. A cerimónia realiza-se às 9 horas e contará com a presença do ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
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A criação do Banco de Córneas surge da necessidade de aumentar o número de doentes transplantados e o tempo de conservação dos tecidos. Isto porque o Santo António recebe cerca de 200 córneas por ano, mas o número de doações é insuficiente para o programa de transplantação.
A conservação das córneas deixa de ser feita exclusivamente com córneas refrigeradas e passa a funcionar em meio de cultura (córneas de cultura), permitindo alargar os critérios de colheita, além do prazo de validade e a qualidade dos tecidos colhidos.
Com o novo banco, espera-se duplicar o número de doentes transplantados, bem como doar córneas a outros hospitais.
"O Hospital de Santo António foi pioneiro na transplantação de córnea, em 1958", recorda a unidade de saúde. Até 1980, fazia-se uma média de nove transplantes por ano. Nas duas últimas décadas, com os avanços tecnológicos e cirúrgicos, passou-se a fazer entre 150 e 200 por ano. A expectativa é, agora, aumentar significativamente esse número.